Representante da hotelaria nacional apresenta pleitos do setor ao Gabinete de Crise do Governo Brasileiro

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Por meio de uma teleconferência na última sexta-feira (20), o representante da hotelaria nacional e vice-presidente do Forum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Patrick Mendes e o presidente executivo da entidade, Orlando de Souza, conversaram com membros do Gabinete de Crise do governo brasileiro, entre eles o ministro da Economia, Paulo Guedes.

REDAÇÃO DO DIÁRIO

Nesse diálogo de aproximadamente meia hora, Patrick integrou um time de cerca de 25 CEOs de grandes empresas nacionais que buscavam uma resposta objetiva do governo para minimizar o desastre econômico que se avizinha. Além de Paulo Guedes e o próprio presidente Jair Bolsonaro, participaram dessa teleconferência o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa.

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“Consegui colocar alguns pleitos nossos, e a boa notícia é que agora o governo brasileiro não pode dizer que não sabe do problema. Tanto (Paulo) Guedes, como Bolsonaro como o Carlos da Costa agora sabem da dificuldade do turismo. Eles deram um tempo pra que eu falasse”, disse Patrick Mendes, em áudio.

Mendes explica que deixou claro aos membros do governo a situação da Ásia e da Europa e e utilizou como exemplo o seu próprio grupo econômico:. “Utilizei o nome da Accor e do grupo internacional para dizer que a coisa é muito maior do que pensávamos. Hoje estamos com uma situação que está se retomando ligeiramente na Ásia. Mas na Europa a temos 80% hotéis fechados; dos 2.800 hotéis que temos 2 mil estão fechados e continuam fechando a cada dia”, quantificou.

A segunda parte da minha fala, adianta Mendes foi sobre o Brasil e a América do Sul. Patrick comparou a desaceleração da Europa e da Ásia com a nossa região: “Vivenciamos em 4 a 5 dias o que a Europa e a Ásia vivenciou em 2 meses; uma desaceleração brutal, uma queda na ocupação e uma queda de 80% em volume de negócios. E falei que nossa indústria possui 1 milhão de pessoas que não conseguirão retornar aos seus postos sem a intervenção do governo”, disse.

Os pleitos  

Patrick apresentou os pontos mais fundamentais para a manutenção da indústria turística e hoteleira. “O primeiro é nos próximos três a quatro meses pagar o seguro desemprego e FGTS  do contrato de trabalho e cerca de 70% do salário médio (R$ 1450,00) e nós não faríamos desligamentos.

Mendes enumerou os outros pleitos, como o prazo de carência de pagamento de commodities (água, eletricidade, por exemplo) e um prazo maior para o pagamento de impostos. “Essas solicitações eles acharam fácil atender”, disse.

Na negociação, o interlocutor do governo sugeriu que os hoteleiros entrassem com 50% do pagamento dos vencimentos dos funcionários, no que Patrick respondeu que não era possível, considerando a queda no volume de entradas, na casa dos 90%.

Os custos para os cofres públicos seria de cerca de 1 bilhão de reais.

“Aguardaremos o retorno do secretário especial Ministério da Economia, Carlos da Costa, talvez até segunda-feira (23).”, finalizou Patrick.

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