Agências Internacionais
A polícia de Israel proibiu nesta sexta-feira (21) que homens com menos de 50 anos entrem na Cidade Velha de Jerusalém, que inclui locais sagrados do judaísmo, do cristianismo e do islamismo.
Após a restrição no acesso, palestinos entraram em confronto com policiais israelenses em protestos no local e em diferentes pontos da Cisjordânia. Em Jerusalém, morreram ao menos três palestinos.
Mais tarde, um palestino invadiu uma casa no assentamento judaico de Halamish, na Cisjordânia, e matou três israelenses a facadas. Um soldado de folga ouviu os gritos e atirou contra o agressor, que ficou ferido.
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O aumento das tensões ao longo do dia levou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a suspender as relações com Israel até que as medidas de restrição de acesso à Cidade Velha de Jerusalém sejam revertidas.
A medida foi tomada em um momento de tensão após atentado na semana passada em que três atiradores árabes-israelenses abriram fogo contra a polícia próximo ao Monte do Templo, conhecido pelos muçulmanos como Esplanada das Mesquitas, em um dos acessos à área da Cidade Velha.
Após o ataque, Israel instalou detectores de metal nas entradas do local santo, o que alimentou protestos e confrontos quase diários entre palestinos e policiais israelenses.
Líderes religiosos muçulmanos em territórios palestinos pedem para que fiéis rezem nas ruas e não entrem na Cidade Velha, alegando que os detectores fazem parte de uma tentativa israelense de expandir o seu controle sobre o território sagrado. Israel nega.
“Israel está comprometida em manter o status quo no Monte do Templo e a liberdade de acesso aos lugares santos”, disse um porta-voz do governo de Israel nesta sexta.
Após o anúncio da restrição, a polícia israelense reforçou os seus efetivos na Cidade Velha com “unidades móveis em todos os setores e bairros”. Aproximadamente 3.000 militares participam da operação.