Salvem os aeroclubes brasileiros! – por Helcio Estrella

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Ao tomar conhecimento esta semana do fechamento de dois aeroclubes no Estado de São Paulo lembrei de um artigo que publiquei há alguns anos sobre como é curta a memória nacional sobre ícones que ajudaram a formá-la. Lembrei do avião DC-3 que foi um dos pioneiros na formação da aviação comercial, que em vez de estar em um pedestal de um valoroso museu foi vendido como sucata, para ser revendido como panela de alumínio.

O Brasil parece mesmo decidido a sucatear sua cultura aeronáutica. Primeiro vem fechando museus aeronáuticos, como aconteceu com o de São Paulo, que fez parte do acervo cultural do Parque do Ibirapuera, criado para as festividades do quarto centenário da capital bandeirante. Removido dali, seu rico acervo teve destino ignorado, possivelmente vendido a colecionadores internacionais. Em seguida, o fechamento do Museu Asas de um Sonho, criado pelo Comandante Rolim Amaro e seu irmão, também Comandante João Amaro, um dos mais ricos acervos da cultura aeronáutica brasileira, que a LATAM, sucessora da TAM, abandonou à própria sorte.

A ira contra a cultura aeronáutica dirigiu suar armas destruidoras contra os aeroclubes. Primeiro, o de São Paulo, ameaçado de fechamento por pressões da ganância imobiliária que assola as cidades. Agora, o fechamento dos aeroclubes de Guaratinguetá e o Regional de Taubaté.

Em seguida, a ira contra a cultura aeronáutica dirigiu suar armas destruidoras contra os aeroclubes. Primeiro, o de São Paulo, ameaçado de fechamento por pressões da ganância imobiliária que assola as cidades. Agora, o fechamento dos aeroclubes de Guaratinguetá e o Regional de Taubaté. Os aeroclubes são parte inseparável da própria cultura brasileira, onde ajudaram a escrever a história da civilização nacional. O Brasil chegou a ter 220 deles até o final do século 20, e hoje a maioria mendiga recursos para não ser descartada. A justificativa é de que uma de suas principais missões está desaparecendo, com o up-grade do ensino aeronáutico, promovido a curso universitário e para as universidades transferido.

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Mas, é necessário descartar o velho aeroclube, onde existe ainda um valioso patrimônio da União, através de uma frota cedida em comodato, talvez uns mil aviões?

Os aeroclubes ainda continuam a extensão da universidade, pois neles são feitas a parte dos voos. Por que não se cria uma política para salvar os aeroclubes?


*Hélcio Estrella é jornalista

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