O diretor-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens de Santa CAtarina (ABIH-SC), Samuel Koch, falou em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, durante a realização do Encatho & Exprotel, evento que ocorreu de 26 a 29 de maio em Florianópolis. Acompanhe:
DIÁRIO – Como o senhor avalia a situação hoteleira de Santa Catarina e do País, no âmbito de uma economia fragilizada?
SAMUEL KOCH – O turismo em Santa Catarina é muito diversificado, nós temos as quatro estações bem definidas, o que propicia as pessoas a aproveitarem nosso Estado o ano todo. Diferente de outras regiões, onde é verão o ano inteiro, por exemplo. Além disso, Santa Catarina é reconhecida como um dos melhores destinos para eventos, o que faz movimentar a economia o ano todo também.
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Em momentos de crise é que as empresas têm necessidade de vender seus produtos, então surgem mais eventos, pois é através deles que se consegue incrementar as vendas, o que não deixa de ser uma vantagem. Mas claro que sempre é preocupante, pois economia fragilizada prejudica o turismo como um todo, já que lazer é a primeira despesa a ser cortada.
DIÁRIO – Os ajustes fiscais que se discute no Congresso são os mesmos pleitos e ajustes que a hotelaria de Santa Catarina precisa?
SAMUEL KOCH – Não, essa não é política empresarial, a hotelaria precisa de incentivos e uma redução nos impostos que paga. A carga tributária para o empresariado brasileiro, e não é diferente para os hotéis, está ficando insuportável. O que nós precisamos realmente é diminuir a incidência de impostos. Isso desde a energia elétrica, a água e principalmente as leis sociais, incidentes sobre a mão de obra, bem como os tributos federais têm que ser revistos na hotelaria.
DIÁRIO – Com os cortes de orçamento da União anunciados este mês, como o senhor avalia a indústria hoteleira fornecedora de insumos e matéria prima?
SAMUEL KOCH – A hotelaria de todo Brasil está sofrendo muito, principalmente aqueles que têm destinação ou que trabalham diretamente com indústrias, a exemplo da cidade de Macaé, com a Petrobrás.