REDAÇÃO do DIÁRIO (por Lucas Kina)
Mesmo com 30 anos de experiência com o turismo, David Barioni, presidente da SPTuris, demonstra em suas palavras o quão difícil é colocar-se como visitante ou turista numa cidade como São Paulo, sendo natural dela. Ao mesmo tempo em que a cor cinza predomina no céu da “Terra da Garoa”, tornando-a dia sim, dia não, sombria, Barioni consegue a façanha de ressaltar as atividades outdoor, a cultura da paulicéia e sua gastronomia.
Veja também as mais lidas do DT
De origem italiana, o presidente da SP Turis exemplifica a culinária do país das massas tal como, no mínimo, uma de suas prediletas – senão a mais.
O Mercado Municipal lhe chama a atenção. Já que São Paulo é a cidade dos muitos cheiros, citemos, como fez o presidente, as iguarias do Mercadão, invocando sua mortadela exageradamente saborosa e seus pastéis do tamanho dos arranha-céus da capital.
Salão dos automóveis, autódromos e ruas largas alcançam outras dimensões aos olhos do executivo, que antes de tudo é um aviador, vê o mundo do alto, mas , quando fala, regride a um estado emocional característico de uma criança que vai ao parque de diversões pela primeira vez e, logo na entrada, dá de cara com uma roda gigante.
Nesta entrevista concedida ao DIÁRIO e a qual apenas tirei o áudio, ouvi e conheci um executivo que ama o que faz. “Sou apaixonado por São Paulo”, disse.
Ao responder sobre a hipótese de ser visitante de sua própria cidade e o que gostaria de fazer e ver nela, David Barioni enumerou atividades outdoor, navegou nas represas, andou nas ruas de São Paulo, visitou os arredores da metrópole, comeu comida italiana, visitou a Sala São Paulo, e comeu um pastel de queijo no Mercadão. “Sou de família simples, meu avô foi carpinteiro e minha infância foi marcada pelo cheiro do queijo, quando vou ao mercadão, volto à infância”. De fato, esta é realmente uma covarde questão para um paulistano.