Símbolo de São Paulo, MASP passa pelo maior processo de expansão da sua história

Continua depois da publicidade

Projeto de expansão do Masp vai reformar prédio do outro lado da rua. Os prédios serão nomeados Lina e Pietro

Edição do DIÁRIO com agências

O projeto MASP em Expansão ampliará em 66% a área de exposições do Museu, com a reforma do edifício Dumont-Adams, do outro lado da rua, comprado pelo museu nos anos 2000. O novo edifício terá 14 andares e será integrado ao prédio atual por meio de uma passagem subterrânea.

Veja também as mais lidas do DT

Trata-se da mudança mais significativa na história do museu após a sua transferência da rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, no Centro, para a Avenida Paulista, em 1968. Naquela época, a mudança ocorreu para o que o museu tivesse uma sede à altura de sua coleção. O prédio projetado por Lina Bo Bardi (1914-1992), reconhecida pelo conjunto de sua obra com o Leão de Ouro Especial na Bienal de Veneza de 2021, transformou-se em cartão-postal da cidade e em símbolo da arquitetura moderna mundial do século 20. Hoje, a sede projetada por Lina tornou-se pequena para o tamanho da coleção, e apenas pouco mais de 1% do acervo é exposto.

O novo conjunto arquitetônico ganhará os nomes de seus fundadores. O prédio original receberá o nome de sua arquiteta, Lina Bo Bardi (1914-1992), e o novo edifício terá o nome do primeiro diretor artístico do museu, Pietro Maria Bardi (1900-1999).

O nome da instituição continua o mesmo, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, que faz referência ao seu fundador (1892-1968). Fica assim completa a homenagem ao trio fundador do MASP. O Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand (1892-1968), tornando-se o primeiro museu moderno no país.

O novo edifício vai sediar as exposições temporárias, e o prédio Lina terá mais espaço para expor o acervo do museu, que hoje tem mais de 11 mil obras entre pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, que abrangem a produção europeia, africana, asiática e das Américas.

O projeto vai custar R$ 180 milhões e será totalmente financiado por doações de pessoas físicas, sem uso de lei de incentivo fiscal. “Viabilizar a construção desse prédio por meio de doações é o coroamento do novo modelo administrativo do MASP, uma instituição que tem seus pilares calcados na sociedade civil”, afirma Heitor Martins, diretor-presidente do museu.

Os doadores consideram a ação uma oportunidade para deixar um legado cultural, turístico, urbanístico e econômico inquestionável para o para o país. “Felizmente, as famílias doadoras entenderam o significado do que nós estávamos propondo de fazer uma doação, sem incentivos da Lei Rouanet, só com pessoas físicas. Com isso, mostramos que a sociedade civil organizada pode, sim, fazer projetos importantes, desde que tenham confiança na governança da instituição. Mais do que uma expansão, estamos construindo um museu para o futuro”, diz Alfredo Setubal, presidente do Conselho do MASP.

PC

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade