Uma das frases mais citadas no mundo literário, com certeza é uma do livro “O Pequeno Príncipe”, onde nos ensina a dar valor as coisas que não são materiais, e nem podem ser vistas. Mas pouca gente sabe a história desse trecho.
por José Augusto C. Wanderley*
Além de escritor, Saint-Exupéry era aviador, e inclusive atuou como correspondente em jornal francês na Guerra Civil Espanhola, onde foi capturado pelo inimigo e levado a cárcere para ser executado no dia seguinte. Claramente nervoso, ele nem conseguia acender seu cigarro, e numa tentativa de contato com o carcereiro, mesmo ele não falando catalão e o carcereiro não falando francês, ele deu um jeito de perguntar se ele tinha um fósforo. O carcereiro chegou perto para acender, e nesse momento eles se olharam, e instintivamente Saint-Exupéry sorriu. Por incrível que pareça, o carcereiro sorriu também, uma vez que os dois já não se enxergavam mais como prisioneiro e soldado, mas sim, como duas pessoas envolvidas naquela situação de guerra.
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Conta a história que o carcereiro logo guiou Saint-Exupéry para fora da cela, onde Saint-Exupery pôde agradecer _“Minha vida foi salva por um sorriso no coração”._ Não se sabe ao certo o que o carcereiro pensou naquela hora, mas podemos tirar de lição que um sorriso sincero, pode desarmar qualquer pessoa. Por isso, na próxima vez em que estiver em uma situação difícil, respire e lembre-se que o coração vê coisas que a lógica desconhece, pois _“só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.”_ Saint Exupery mais tarde escreve para sua mãe e relata que ele foi libertado pela “importância das relações”.
*José Augusto C. Wanderley é publicitário e administra a La Grande Vallé, casa onde o Pequeno Príncipe ficava quando vinha ao Rio de Janeiro.
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