A Starbucks vai fechar seus negócios na Rússia, depois de 15 anos. A empresa suspendeu as operações russas de sua licenciada em 8 de março, dias após o início do da invasão da Ucrânia. A cafeteria, que estreou no país em 2007, disse hoje que encerrará permanentemente as operações em suas 130 lojas.
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Os quase 2 mil funcionários na Rússia continuarão sendo pagos por seis meses e receberão ajuda para encontrar novos empregos fora da rede. A empresa se recusou a comentar sobre o impacto financeiro do fechamento da operação russa, que responde por uma parcela relativamente pequena de suas vendas.
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A empresa incluiu a Rússia nos seus planos de crescimento há cerca de uma década, embora o número de lojas no país tenha diminuído desde o início da pandemia.
“Um aspecto do qual estamos muito orgulhosos é que continuamos a pagar nossos parceiros na Rússia”, disse o diretor-presidente Howard Schultz, referindo-se aos funcionários da empresa.
As empresas ocidentais estão sob pressão para encerrar suas operações na Rússia desde que o país invadiu a Ucrânia no fim de fevereiro. As sanções dos governos ocidentais também tornaram mais difícil para as empresas americanas continuarem fazendo negócios no país.
Nos últimos meses, as empresas saíram ou sinalizaram sua intenção de se afastar ainda mais da Rússia.
O McDonald’s disse na semana passada que está vendendo seus negócios russos, encerrando um período de mais de três décadas no país. A empresa tinha 847 restaurantes e empregava 62 mil pessoas lá. A companhia espera registrar um encargo contábil entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão e reconhecer uma perda significativa de conversão de moeda estrangeira.
A cadeia de hambúrgueres era proprietária direta da maioria de seus restaurantes russos, ao contrário da Starbucks, que administra seus negócios por meio de uma licenciada.
A M.H. Alshaya Company, com sede no Kuwait, também opera lojas Starbucks no norte da África e no Oriente Médio. A Starbucks envia seu café e outros produtos para seus licenciados para operar em mercados específicos. Um porta-voz da Alshaya se recusou a comentar.
Outras empresas que estão deixando a Rússia incluem a montadora francesa Renault, que chegou a um acordo para ceder sua participação de 68% na maior montadora da Rússia, AvtoVAZ, para uma entidade estatal, embora tenha mantido a opção de recuperar alguns de seus ativos em poucos anos. A petrolífera Shell está saindo de seus negócios russos em etapas.