Bienal de Arte Digital: Gilberto Gil é homenageado em obra

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Na Bienal de Arte Digital, no Rio de Janeiro, pela primeira vez estará disponível o grande público a obra “Gil Futurível”, que traz hologramas em 3D do artista

O público poderá conhecer, até dia 22 de janeiro, as obras expostas na Bienal de Arte Digital que ocupa o Oi Futuro, no Flamengo. O evento retorna após um hiato de quatro anos devido à pandemia da Covid-19.

A Bienal, que é totalmente gratuita, traz trabalhos de mais de 60 artistas brasileiros e estrangeiros. Entre elas, “Gil Futurível”, uma homenagem ao músico Gilberto Gil, produzida pelos cariocas Clélio de Paula e Floriano Varejão e pela Azimove Labs. Essa obra pode ser visitada pela primeira vez.

Além disso, o patrocínio da Bienal é da Oi, com incentivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro e apoio cultural da Aliança Francesa no Rio de Janeiro. A correalização é do Oi Futuro.

A obra de Gilberto Gil na Bienal de Arte Digital

A obra “Gil Futurível”, através de óculos de realidade virtual, convida o público a entrar em um tipo de galeria de arte com capas dos discos de Gilberto Gil. Além de ver seus figurinos icônicos, sua farda de Imortal da Academia Brasileira de Letras e por fim, seu escaneamento 3D. Essa é uma espécie de holograma hiper-realista, e tudo isso sonorizado pela canção “Futurível”, do compositor.

Assim, a sensação é de se estar frente a frente com o próprio Gil, em tamanho real. A obra apresenta ainda um busto tátil do artista que, em três dimensões, permite que pessoas com deficiência visual possam ao tocá-lo e formar sua imagem do artista. A experiência traz ainda um pouco da história do artista, principalmente no período em que esteve preso pela ditadura militar.

Além da obra Gil Futurível, confira outras três obras icônicas de artistas do RJ que integram o evento:

Estrelas do Deserto (Felipe Carrelli) – Uma imersão em realidade virtual na rotina dos Saarauis, que durante séculos viveram em condições extremas em pleno deserto do Saara. O local ocupa um terço do continente africano e é uma das regiões mais difíceis de se habitar do planeta. Além disso, a região é seca o suficiente para mumificar cadáveres e matar bactérias.

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A obra "Estrelas do Deserto", de Felipe Carelli, também faz parte da Bienal de Arte Digital
A obra “Estrelas do Deserto”, de Felipe Carelli, também faz parte da Bienal de Arte Digital (Foto: Divulgação)

Prêmio Nobel (Alexandre Pinheiro dos Santos) – Baseado em jogos altamente violentos, como “GTA”, a obra em audiovisual retrata uma ação de extermínio em uma favela, cujo foco é matar pessoas que teriam potencial de receber um Prêmio Nobel.

Assim, “Prêmio Nobel”, ao vivenciar o mesmo tipo de jogabilidade, traz uma narrativa invertida, carregada de fatos históricos atuais do Brasil do século XXI. Sobretudo, criticando ações policiais que tiram a vida, o futuro e as potencialidades de tantas pessoas periféricas. A semelhança com a realidade existe para gerar constrangimento e desconforto em um jogo que o usuário não gosta de jogar.

WE R HERE (Juliana Fasuolo) – Usando Inteligência Artificial e Mídia Mista, se este é um projeto ativista de arte generativa. É uma exploração dentro do universo digital, superando as barreiras de gênero do vocabulário computacional e criando aleatoriamente imagens, personagens e narrativas de mulheres lésbicas.

Também, a Bienal é composta por obras de arte visuais digitais, instalações, narrativas em audiovisual e uma diversidade de trabalhos de diferentes linguagens. Essas intervenções analisam, tecem críticas e lançam novos olhares sobre o tema “Condições de Existência”, escolhido para nortear a edição.

Ainda ao longo do evento, atividades como simpósios, oficinas, performances artísticas e exibição de filmes integram a programação.

Saiba mais sobre o Tema da Bienal de Arte Digital: Condições de Existência

Tadeus Mucelli, curador artístico e criador do Festival de Arte Digital, em seu texto de apresentação da Bienal de Arte Digital, explica: “uma bienal é como um livro que, através de capítulos, tentamos dar voz a narrativas e visões, formas de ‘ser’ e ‘ver’ no mundo com as coisas sencientes.”

“E quando dizemos “coisas” estamos incluindo uma ontologia digital (da vida) em interseção ou sobreposição a ontologia humana (de estar no mundo). Onde formas, processos e modos de existir convivem quase que onipresente com o que entendemos por ‘sersientes’, numa aproximação além de biorgânica e biotecnológica.”

Assim, ele finalizou, dizendo que é “um olhar mais holístico que considera as terceiras partes (algoritmos, computação inteligente, formas digitais de ‘vida’) muito presentes em nosso cotidiano”.

SERVIÇO

2ª Bienal de Arte Digital do Festival de Artes Digital
Data: Até 22 de janeiro de 2023
Local: Centro Cultural Oi Futuro –
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo – Telefone: (21) 3131-3060
Dias e horários de funcionamento: Quarta a domingo das 11h às 20h
Entrada: gratuita.
Para saber mais, acesse o site oficial.


EDIÇÃO DO DT com agências.

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