Campanhas lentas de vacinação obrigam Europa a manter restrições a viagens

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A segunda cúpula da União Europeia neste ano sobre a pandemia de covid-19 terminou nesta quinta-feira (25) com uma prorrogação das restrições a todas as viagens consideradas não essenciais, tanto entre países do bloco como envolvendo passageiros provenientes de fora dele.

EL PAÍS


O ritmo lento da vacinação e o medo das novas variantes do vírus obrigam os sócios da União a restringirem as viagens transfronteiriças e estão multiplicando os atritos gerados pela desconfiança mútua. Os 27 Governos também debaterão a solicitação dos sócios meridionais, como a Espanha e a Grécia, de introduzir um “certificado de vacinação” que permita reativar as rotas turísticas. Por enquanto, Alemanha e França recusam a proposta e preferem esperar que a taxa de vacinação avance de maneira significativa antes de cogitar esse tipo de passaporte sanitário.

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Desde 1º de fevereiro, a UE recomenda o isolamento das zonas com mais de 500 casos de coronavírus por 100.000 habitantes, além de medidas preventivas, como exames prévios ou quarentenas, para as áreas com mais de 150 casos por 100.000. Esses critérios levaram a importantes limitações de deslocamento dentro da UE, que os participantes da cúpula manteram.

“A situação epidemiológica continua sendo grave, e as novas variantes representam um desafio adicional”, aponta o rascunho da declaração a ser aprovada nesta quinta pelos 27 chefes de Governo que compõem o Conselho Europeu e se reunirão por videoconferência, como já ocorreu em janeiro. O texto acrescenta que “no momento é necessário que se restrinjam as viagens não essenciais” e reafirma a intenção de manter fortes restrições aos deslocamentos, paralelamente a esforços para acelerar a entrega de vacinas.

A cúpula foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, num momento delicado da epidemia na Europa, por causa da aparição de novas variantes do vírus e do escasso nível de vacinação alcançado até agora. À falta de imunização se soma o descontrole na vigilância da propagação de certas variantes que são cada vez mais dominantes e cuja presença provoca desconfiança entre os sócios comunitários. Quase toda a Europa se encontra acima do limite de 150 casos por 100.000 habitantes, e só algumas partes da Alemanha, Finlândia, Romênia e Grécia conseguiram baixar a menos de 50 casos por 100.000.

 

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