Receber a Primavera significa correr os riscos do Inverno – por José Augusto Wanderley

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*“Claro que te farei mal. Claro que me farás mal. Claro que podemos, mas essa é a condição da existência. Receber a Primavera significa correr os riscos do Inverno. Se desistir agora será correr o risco do desaparecimento. Amo-te.”*

-O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry


Com a chegada da Primavera, o Inverno evidentemente vai embora. Por mais que cada pessoa tenha suas preferências de calor ou frio, cada estação é necessária. Mas sempre que chega uma mudança nova em nossas vidas como o exemplo da Primavera, sempre pensamos nas flores, e no clima mais ameno, mas poucas vezes lembramos que também vêm as tempestades ou as temperaturas mais intensas. Cada estação é única, e cada uma delas têm algo a nos ensinar, e a nos fortalecer com suas mudanças.

Experimentar novas vivências significa correr riscos e aceitar aquilo que não podemos prever ou o que não gostamos, sempre há algum aprendizado. Viver um amor ou fazer uma amizade implica, na maioria dos casos em alguma discussão ou desentendimento alguma vez na vida.

Não desejamos que alguém viva pensando sempre nas ruins possibilidades que podem acontecer em qualquer nova mudança que chegue em sua vida. Mas sim, que entenda que o mistério da vida é entender que não temos o controle de nada, mas mesmo assim, esperar pelas novas estações que virão. Quando entendermos que cada estação é necessária, será muito mais prazeroso observar essa bela transição.

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Quando entendermos que cada estação é necessária, será muito mais prazeroso observar essa bela transição.

E essa frase de “O Pequeno Príncipe” foi uma menção de uma conversa entre a Rosa e o Pequeno Príncipe, que como já destacamos algumas vezes tinham uma relação muito intensa e conflituosa, que foi inspirado no casamento do autor com sua esposa Consuelo. Longe de serem o exemplo de casal perfeito, eles tinham uma coisa que os impediam de cortar a ligação que cultivavam e cada um viver sua vida sozinho: a cumplicidade. Os dois estiveram lado a lado em diferentes situações que apesar dos grandes desentendimentos que tinham, sabiam que poderiam contar um com o outro.

Depois de anos de casamento, com essa frase pode-se acreditar que Saint-Exupéry já tinha aprendido que em qualquer caminho há sempre algumas pedras, e que cabe a nós retirá-las e continuar seguindo. Cabe a nós colocar na balança também se deve ou não seguir.

Valorize cada estação!


Crédito: José Augusto Cavalcanti Wanderley
Colaborou: Nicole B. Vieira da Rocha Santos

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