Unesco: Cultura é declarada ‘bem público global’ pela primeira vez

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Pela primeira vez a cultura foi definida oficialmente como ‘bem público global’ pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A declaração ganhou o reforço de assinaturas de mais de 150 países, considerando que o ‘acesso a direitos culturais precisam ser levados em conta nas políticas públicas’.

O evento Cultura Conecta, representante brasileiro na Conferência Mundial sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável (Mondiacult 2022), na qual o documento histórico foi assinado, reuniu 350 pessoas presencialmente e 1.400 online.

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Na ocasião foram transmitidos ensinamentos para que as iniciativas nacionais, com todas as suas peculiaridades, atinjam o objetivo: unir educação e cultura, promovendo inclusão social.

O pacto global assinado no Mondiacult determina que ‘os próximos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas incluam o direito à cultura’.

Isabel de Paula, Coordenadora de Cultura da UNESCO, ressaltou a necessidade de aumentar os investimentos em cultura e educação no Brasil.

“Acredito que o Brasil certamente está entre os países que devem investir em novas políticas e programas que responderão a esse chamado de impacto da pandemia sobre a educação e a cultura. É preciso investir em iniciativas de promoção de uma educação de qualidade, que proporcione o acesso pleno dos direitos de jovens e crianças a expressões diversas no âmbito cultural, de modo que se possa ampliar as suas leituras, as suas visões de mundo”, afirmou Isabel de Paula.

Unesco define cultura como 'bem público global' (Crédito Pixabay)
Unesco define cultura como ‘bem público global’ (Crédito Pixabay)

Iniciativa Cultura Conecta

Responsável pela realização do Cultura Conecta, o projeto Experimente Cultura se tornou um símbolo da união entre educação e cultura. Desde 2018, a iniciativa leva gratuitamente crianças e jovens em vulnerabilidade do Rio de Janeiro para conhecerem museus, inicialmente do Rio de Janeiro e, depois, do mundo todo.

Com mais de 20 mil atendimentos, entre visitas presenciais a instalações cariocas ou visitas online, até com utilização de realidade virtual, o Experimente Cultura adquiriu um know-how único no Brasil.

A partir das restrições impostas pela pandemia, o projeto buscou soluções e parcerias com instituições internacionais para seguir ‘levando’ crianças e jovens para lugares inimagináveis, como o Louvre, da França, e os premiadíssimos Guggenheim e MET, de Nova Iorque, entre muitos outros.

“Para gente foi muito importante se reinventar nesse processo pandêmico, porque conseguimos descobrir uma nova metodologia para fazer esses encontros entre museus e escolas funcionarem e chegarem a mais pessoas. Ampliamos o acesso e pudemos levar conteúdo cultural a quem de fato ele mais precisa chegar”, afirmou Renata Prado, curadora do Experimente Cultura.

Entidades ligadas ao setor privado também contribuíram para o sucesso do Cultura Conecta e terão, sem dúvida, papel fundamental na pavimentação de um caminho real para o fortalecimento do setor cultural no Brasil.

EDIÇÃO DO DT com agências

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