Das agências com edição do DT
As agências de viagens e turismo brasileiras passam por um mau momento. O cenário econômico compromete a demanda, fazendo com que planos sejam postergados, principalmente quando se trata de idas ao exterior. Já a locação de casas de temporada ou quartos de hotéis para estrangeiros fica comprometida pela explosão de aplicativos como o AIRBNB. Este, apontado como inimigo do turismo, pode, no entanto, ser um grande aliado do setor.
Há um ano, o canal tinha pouca relevância nos negócios da empresa. Em setembro de 2017, os negócios somavam cerca de US$ 10 mil e, atualmente, ficam em torno de US$ 70 mil. Hoje, metade do faturamento da Casa na Disney vem de operações fechadas através do aplicativo.
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Os brasileiros ainda são minoria entre o público que aluga casas através do AIRBNB, fato que tende a mudar rapidamente. Em agosto, a empresa registrou 81 reservas via aplicativo. Destas, somente cinco eram de brasileiros. Até pouco tempo atrás, não havia consultas de turistas nacionais ao aplicativo.
A média mensal da agência física é de 40 reservas, todas de brasileiros. Apesar de ainda não serem tão familiarizadas com o AIRBNB como os estrangeiros, as pessoas preferem os canais online, como e-mail e Whatsapp.
Outro desafio para as agências na era da disrupção é que se acaba perdendo o poder da negociação e, por consequência, a fidelização dos clientes. Além disso, para obter reservas e utilizarem os aplicativos, as empresas precisam ter um preço mais competitivo, o que reduz as margens. O ganho, portanto, ocorre pelo volume de aluguéis.