RETRÔ 2018 – PUBLICADO DIA 13 DE MARÇO
A BHG (Brazil Hospitality Group) opera hotéis em todo o país nos segmentos econômicos, mid-scale, up-scale e luxo
Por Paulo Atzingen
Uma das questões levantadas pelo DIÁRIO DO TURISMO nessa entrevista com o diretor de vendas e marketing da Brazil Hospitality Group (BHG), Tomás Ramos, eram as razões das quedas em room nights e vendas do grupo de 2016 para 2017, especialmente na fatia corporativa. Embora o posicionamento da BHG entre as redes hoteleiras seja muito bom, os números eram estranhos. Como uma das principais operadoras de hotéis do país, com expertise na gestão e na operação de multimarcas apresentava, no demonstrativo, divulgado pela Abracorp (Pesquisa de Vendas corporativas), quedas em 17,4% em room nights de 2016 para 2017 e de 2,5% em vendas no mesmo período?
Mas a explicação de Tomás Ramos foi muito clara: “O que aconteceu é que parte do nosso portfólio passou a ser administrado pela rede Accor. Esses ativos passaram em novembro para a rede francesa”, esclareceu o executivo.
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Estava explicado: a aquisição de 21 contratos de administração da BHG pelo grupo Accor Hotels fazia com que o grupo, que em 2016 tinha 42 hotéis, passasse a ter no fim do ano passado e no início deste ano 21 empreendimentos. E, obviamente, R$ 195 milhões a mais no caixa, valor da transação divulgado pelo grupo francês.
Multimarcas
A BHG (Brazil Hospitality Group) opera hotéis em todo o país nos segmentos econômicos, mid-scale, up-scale e luxo. O grupo, detém a bandeira própria Soft Inn e representa as marcas Royal Tulip, Golden Tulip e Tulip Inn no Brasil. “O objetivo do grupo é investimentos generosos (não especificou quanto) nos nossos 22 hotéis”. 22?
Sim, respondeu Ramos. O grupo inaugura mais uma unidade no próximo dia 20, em Maceió, capital de Alagoas.
“O Soft Inn Maceió Ponta Verde, tem o maior número de quartos da região (249) e está localizado no bairro nobre de Ponta Verde, a poucos metros da praia”, afirma Ramos ao DIÁRIO.
Segundo o executivo, a BHG administrará o hotel de propriedade de terceiros, principalmente empresários alagoanos. “Nossa operadora foi eleita a partir de uma forte concorrência. Vencemos porque fizemos uma proposta agressiva no sentido comercial. Somos muito cuidadosos no posicionamento do mercado e, em nosso planejamento, temos um cuidado extremo com os custos”, afirma Tomás.
O bom de viajar
Mas o grupo aposta também em relacionamento com o público final. Sua equipe de marketing e TI criou uma plataforma de mídia digital própria denominada O Bom de Viajar e com ela, matam dois coelhos com uma cajadada. Além de ser um canal de vendas, oferece conteúdo relevante para viajantes e apaixonados por viagem. “A nossa ideia foi falar com o público de modo direto. Tivemos essa ideia de trazer a experiência, mas falando do destino também, não apenas do produto hoteleiro. Temos os destinos, e depois a gente insere a hotelaria. O Bom de Viajar já está com quase meio milhão de seguidores. Uma vez por mês fazemos promoções relâmpagos no nosso portfólio de hotéis. Tem sido muito bem aceito”, afirma o diretor, lembrando, inclusive que a BHG foi uma das grandes vencedoras, pelo terceiro ano consecutivo, do Adrian Awards, realizado no último dia 20 de fevereiro, em Nova York: “Recebemos cinco troféus: dois ouros, um prata e dois bronzes. O “O Bom de Viajar”, recebeu dois ouros nas categorias Blog e Website User Experience”, afirma o executivo lembrando de agradecer a toda sua equipe. “Sem nossa competente equipe não chegaríamos onde chegamos”, sintetizou.