Um posto de vacinação temporária aplicou neste domingo em Miami Beach, Flórida, 175 vacinas da Johnson & Johnson, a marca preferida dos turistas por exigir uma dose única.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais
É o segundo fim de semana que a cidade de Miami Beach instala este posto de vacinação na praia. A ação continuará nos próximos fins de semana.
Fontes internacionais informam que esta vacina é aplicada a todas as pessoas com mais de 18 anos, independentemente do local de residência.
Em tese, a Flórida vacina apenas as pessoas que residem no estado ou que indicam — verbalmente — que oferecem um serviço aqui. Há dez dias, não é mais necessário apresentar o documento de residência para comprovar a afirmação.
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Essa flexibilidade foi implementada para estimular a vacinação de pessoas sem documentos, embora na verdade também facilite a chegada de mais turistas.
De qualquer forma, as restrições anteriores não impediram o turismo de vacinas. Desde janeiro, os latino-americanos ricos vêm contornando criativamente a já eliminada exigência de residência, seja mostrando contas bancárias com endereço nos Estados Unidos ou contratos de aluguel temporário, como com o aplicativo Airbnb, por exemplo, que eram logo cancelados.
Mais de 9 milhões de pessoas — 43% de um total de 21,5 milhões de residentes — receberam pelo menos uma dose da vacina na Flórida, de acordo com o Departamento de Saúde.
E quem não pode pagar?
O comissário democrata David Richardson, que supervisionava a operação, disse ter sentimentos contraditórios a respeito.
“O governo dos Estados Unidos deve ajudar o maior número de pessoas possível”, declarou à AFP. “Minha preocupação é que parece que apenas as pessoas que podem pagar uma passagem aérea podem vir aos Estados Unidos para se vacinar.”
Mas “e os pobres da América do Sul?”, perguntou retoricamente o democrata, pedindo ao governo dos Estados Unidos que enviasse vacinas a esses países “para que todos tenham acesso, não apenas aqueles que podem pagar uma passagem aérea”.
“A esta altura, as pessoas que não foram vacinadas certamente não estão devido à indisponibilidade”, disse o governador da Flórida, Ron DeSantis, na segunda-feira.