A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de anunciar nesta quarta-feira (1º) o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em voos e aeroportos no Brasil.
A medida é considerada positiva, pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR),
tendo em vista o arrefecimento do número de casos e o alinhamento ao mercado internacional da aviação, mas destaca que outros pontos da decisão podem seguir gerando impactos operacionais para o setor aéreo, como a manutenção do desembarque por fileiras.
“Ontem agregamos as contribuições do setor aéreo e é observado que as pessoas só usam a máscara quando chegam nos aeroportos. A medida também não é adotada em outros países. Houve, ainda, uma importante redução dos tripulantes infectados a bordo nas aeronaves”, apresentou o coordenador de Vigilância Epidemiológica em Aeroportos, Cristiano Gregis.
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“Nossa discussão com a Anvisa apresenta dados e fatos em busca de harmonizar o que está sendo feito no Brasil com o resto do mundo. A aviação sempre esteve atenta à pandemia e às medidas sanitárias para sua contenção, mas neste momento em que a maior parte da população mundial está imunizada, esperamos uma avaliação sobre os efeitos econômicos e operacionais inoportunos, bem como a geração de situações conflituosas entre usuários e prestadores dos serviços de transporte aéreo”, ressalta Ruy Amparo, diretor da ABEAR.
A obrigatoriedade do uso de máscaras teve início na pandemia por Covid-19, em 2020, e após breve interrupção, estava novamente determinada desde novembro de 2022. A diretoria colegiada da Anvisa informou ter reavaliado a sua regulamentação com base no número de casos registrados pelo Ministério da Saúde, além das informações fornecidas pela indústria da aviação. Vale destacar que a aviação cumpre todas as medidas sanitárias determinadas pela Anvisa.
A ABEAR, juntamente com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), e a Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB), contribuiu com indicadores monitorados nos últimos meses, como a queda no número de tripulantes infectados ao longo de 2022.