Presidente da Embratur, estará em gramado nesta quinta-feira, dia 3 e fala sobre projetos da entidade e participação na feira de negócios
EDIÇÃO DO DIÁRIO
O catarinense Vinicius Lummertz assumiu a presidência da Embratur, no mês de julho. Em um ano atipico, com eleições e jogos Olímpicos, o executivo diz que é necessário abrir caminhos para deixar o Turismo passar e desenvolver o país, de forma sustentável e responsável e também afirma que está batalhando por um novo modelo institucional do Instituto, “que viabilize o cumprimento eficaz de sua missão e responda à altura dos competidores internacionais”.
Segundo ele, “o turismo quer e pode fazer muito mais pelo Brasil! Precisamos adotar um conjunto de medidas que transforme oportunidades e potenciais nacionais em efetivos atrativos turísticos. Podemos tirar os empecilhos e abrir caminhos para deixar o Turismo passar e desenvolver o País de forma sustentável e responsável. Esse movimento ajudará a enriquecer a população deste País e a prover nossos jovens de um universo infinito de oportunidades, gerar emprego e renda”, defendeu Vinícius.
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O presidente estará presente no FESTURIS Gramado, participará da Solenidade de Abertura do evento, na noite de quinta-feira (3), às 20h, no Palácio dos Festivais, junto com o ministro do Turismo Marx Beltrão.
Ele também é convidado para o primeiro painel do Congresso, na manhã do dia 4, às 8h30, também no Palácio dos Festivais, quando debaterá o tema: “Integração das Fronteiras, Potencializando a Economia Compartilhada”. Acompanhe a entrevista:
Você assumiu a Embratur em julho deste ano. Quais são suas ações à frente da entidade?
Vinícius Lummertz – O principal foco tem sido impulsionar o fluxo turístico no Brasil e buscar mais investimentos internacionais para o setor, na mesma linha dos projetos que o governo pretende seguir. Os esforços da Embratur estão também em otimizar os recursos das ações de promoção no exterior, por meio de parcerias de parcerias como a iniciativa privada e aproximação com o trade nacional. Queremos destravar obstáculos na criação de marinas e portos turísticos, dar maior atenção aos parques naturais e parques temáticos, resorts, cruzeiros. Esse conjunto de medidas vai transformar as oportunidades e potenciais nacionais em efetivos atrativos turísticos e permanentes principais destinos para turistas estrangeiros.
Como você avalia o Turismo Brasileiro como um todo?
Vinícius Lummertz – O turismo brasileiro é o único segmento que pode dar uma resposta imediata e repetir o impulso que o agrobusiness propiciou à economia brasileira. Somos o País com o maior potencial de belezas naturais do mundo (Fórum Econômico Mundial) e, após o ciclo de megaeventos, o Brasil aproveita a visibilidade alcançada no exterior para alavancar o setor. Porém, a alta carga tributária na importação de equipamentos e a legislação vigente são alguns entraves para que o turismo contribua de forma expressiva para o desenvolvimento sustentável do País. O turismo quer e pode fazer muito mais pelo Brasil.
Quais são os resultados para o Turismo pós Rio 2016?
Vinícius Lummertz – Nos beneficiamos com ampla exposição de imagem no exterior e da capacidade brasileira de organização. Cinco bilhões de pessoas ao redor do mundo voltaram sua atenção para o Brasil durante a Olimpíada e a Paralimpíada e, tanto o governo quanto a Embratur, estão conscientes do potencial para atrair mais turistas e investimentos para o setor. Aproveitamos o momento para debater como vamos contornar a complexidade de desenvolver negócios no Brasil e avançar no turismo. Além disso, abrimos a discussão para a questão da acessibilidade e para uma política permanente de isenção de visto de turismo. De acordo com pesquisa do Ministério do Turismo, mais de 87% dos estrangeiros que estiveram aqui durante a Olimpíada pretendem voltar ao País.
No Congresso FESTURIS, você participará do painel “Integração das Fronteiras, potencializando a economia compartilhada”. Seguindo o tema, quais ganhos do Brasil nessa parceria com os países do Mercosul?
Vinícius Lummertz – Entre os maiores emissores de turistas estrangeiros para o Brasil, a Argentina ocupa a 1ª posição historicamente, seguida pelo Paraguai e Uruguai. Queremos intensificar ações e parcerias com esses países, tanto para multiplicar o fluxo de turistas na América do Sul quanto para receber estrangeiros de todo o mundo. Com atuação conjunta, podemos também diminuir o atendimento na alfândega para turistas argentinos, uruguaios e paraguaios que procuram o litoral brasileiro e chegam ao País por meio terrestre, entre outras medidas.
Quais são as expectativas para o turismo brasileiro em 2017?
Vinícius Lummertz – Estamos trabalhando para melhorar o ambiente de negócios do País e atrair mais turistas estrangeiros, gerando empregos e renda no Brasil. Para isso, precisamos de uma Embratur forte e mais investimentos para a promoção turística no exterior. O maior empecilho ainda é a falta de consenso sobre a força do turismo na esfera pública, além da exigência de visto para países que representam baixo risco migratório, a conectividade aérea do País, a deficiência da segurança pública e a barreira do idioma. Estamos batalhando por um novo modelo institucional do Instituto, que viabilize o cumprimento eficaz de sua missão e responda à altura dos competidores internacionais.