quarta-feira, abril 23, 2025
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Voepass entra com Pedido de Recuperação Judicial 

A companhia aérea Voepass protocolou, na noite de terça-feira, 22 de abril, um pedido formal de recuperação judicial.

REDAÇÃO DO DIÁRIO com informações do ESTADÃO

A medida visa conter uma crise financeira de grandes proporções que se agravou após um trágico acidente aéreo ocorrido em 2024, que resultou na morte de 62 pessoas. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, na edição de hoje, a empresa também enfrenta a suspensão de suas operações pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), fato que evidenciou falhas graves nos processos internos da companhia.

Dívida Milionária e Plano de Reestruturação

De acordo com informações constantes na petição apresentada, a Voepass acumula aproximadamente R$ 400 milhões em dívidas — valor que não inclui passivos em dólar. Em nota oficial, a empresa afirmou que o pedido de recuperação judicial faz parte de uma estratégia mais ampla de reorganização financeira e busca estruturar seu capital como forma de dar continuidade ao processo de reestruturação iniciado anteriormente.

Suspensão de Voos e Perda de Confiança

A Anac suspendeu todas as operações da Voepass em março de 2025, apontando uma “quebra de confiança” nos mecanismos internos de controle e gestão da companhia, além de uma “falta de efetividade” nos planos de ação corretiva apresentados até o momento. Desde o acidente ocorrido em agosto de 2024 — quando uma aeronave caiu sobre um condomínio em Vinhedo (SP) — a empresa, com sede em Ribeirão Preto, passou a ser monitorada de forma rigorosa pela agência reguladora.

Demissões e Redução de Operações

No último dia 14 de abril, a Voepass anunciou a demissão de parte de seu quadro de funcionários, englobando tripulantes, trabalhadores aeroportuários e membros das áreas de apoio. Sem especificar o número exato de cortes, a empresa justificou a medida como necessária para “readequar seu quadro funcional à nova realidade”. Antes da suspensão, a aérea — formada pelas empresas Passaredo Transportes Aéreos e MAP Linhas Aéreas — operava seis aeronaves, atendendo 17 destinos, com foco em rotas regionais.

 

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