Xangai: tradição, poluição e modernidade

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por Paulo Panayotis*

‘Ventos fortes ajudam a limpar os céus da cidade”. A manchete é do Diário de Shanghai. Assim mesmo, com “Sh”. Xangai é uma das maiores cidades da China.
E uma das mais poluídas. “Dois dias de pesada poluição acendem o sinal amarelo e forçam escolas a cancelar atividades a céu aberto”, continuo a ler. Após uma viagem longa – São Paulo, Frankfurt, Xangai – somente agora começo a me entender. O fuso horário cobra seu preço. E também começo a entender o tamanho da poluição que ronda o gigante asiático. Desde que cheguei já vi dezenas de pessoas com máscaras andando pelas ruas, no metrô. É a terceira vez que estou na China.

Crescimento acelerado X custo pesado
Hospedado em um dos hotéis mais exclusivos e luxuosos do mundo, o Mandarin Oriental, em Pudong, vejo, da janela de meu quarto, dezenas de barcos singrando o rio Huangpu. Cruzam o país levando matéria prima para continuar a erguer esta nação milenar. Há duas décadas, Xangai e a própria China crescem, em média, mais de dez por cento ao ano. Agora, o pesado desenvolvimento deste gigante socialista politicamente, mas capitalista economicamente, paga o preço do crescimento acelerado.

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Expo 2010
Num curto passeio pelas ruas de Xangai é possível ver  a pujança econômica. Dezenas de  arranha-céus e construções para todos os lados movimentam a cidade que há cinco anos sediou a Exposição Universal – Expo 2010.  O evento, que atraiu mais de 70 milhões de visitantes, deixou marcas na cidade.

Modernidade X controle estatal
Nas próximas semanas mostrarei um pouco do verdadeiro mosaico que é a China. Só um detalhe: a velocidade da informação instantânea aqui enfrenta algumas barreiras. Internet é fácil, mas o acesso às redes sociais não é permitido. Facebook, Twitter, Instagram só via conexões “alternativas”.

‘Ventos fortes ajudam a limpar os céus da cidade”. A manchete é do Diário de Shanghai
‘Ventos fortes ajudam a limpar os céus da cidade”. A manchete é do Diário de Shanghai

Gigantismo socialista
A China de hoje é assim. Pujante e restritiva. Gigante e intuitiva. Multiétnica e tradicional. Por aqui, bilhões de dólares não são eufemismo. São bilhões de dólares mesmo. Tudo é grandioso, gigante.

 Ni Hao
Xangai é diversão, conhecimento, gastronomia, prazer, história. É hora de desvendar Tian Zi Fang, Yuyuan Garden, Xin Tian Di, Bund… Tradições milenares  que se misturam a prédios altíssimos, como a Pearl Tower, espécie de cartão postal da cidade. Com céus claros e ventos fortes que “espantam” um pouco a poluição, me animo. Vamos conhecer Xangai? Aqui na coluna, vocês conhecem comigo… Bom dia!!! Ou em chinês,“ni hao” …

* Paulo Panayotis é jornalista e fundador do portal O que Vi pelo Mundo – www.oquevipelomundo.com.br

 

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