Turismo regenerativo: iniciativa une preservação ambiental, inovação e fortalecimento do turismo internacional com apoio da Embratur.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências
O litoral de Maragogi (AL) acaba de receber um reforço em sua biodiversidade marinha: mais de 500 mudas de corais foram plantadas no fundo do mar como parte de um projeto de turismo regenerativo. A ação, realizada pela Prefeitura de Maragogi em parceria com a Embratur e a startup Biofábrica de Corais, visa transformar o município em referência internacional em práticas sustentáveis.
De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, a iniciativa busca atrair visitantes internacionais que priorizam destinos comprometidos com a regeneração ambiental. A tecnologia utilizada permite o cultivo de corais em berços feitos sob medida por impressoras 3D, com materiais biodegradáveis, respeitando a especificidade de cada espécie.
“O plantio dos corais é um importante passo na regeneração do ecossistema na região”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. “A ideia é que, além de auxiliar na sustentabilidade, a gente fortaleça o turismo regenerativo e a preservação ambiental como forma de promoção internacional do Brasil.”
Maragogi não está sozinho na iniciativa: a Biofábrica de Corais também opera em Pernambuco e pretende expandir sua tecnologia para outros destinos turísticos. O projeto foi recentemente reconhecido pela UNESCO/ONU como referência mundial em regeneração de corais.
O prefeito de Maragogi, Daniel Vasconcelos, reforçou o papel estratégico da ação. “Essa iniciativa representa não apenas um avanço na proteção do nosso ecossistema marinho, mas também uma estratégia concreta para posicionar o município como referência nacional e internacional em turismo regenerativo.”
Segundo o CEO da Biofábrica de Corais, Rudã Fernandes, “o processo foi bem-sucedido e, com a temperatura atual, estimamos que, dentro de três meses, o berçário inicie o processo de regeneração dos corais que manejamos, processo que pode levar até um ano, a depender da espécie.”
Os corais, muitas vezes chamados de “florestas do oceano”, são essenciais para a vida marinha: estima-se que um quarto das espécies marinhas dependam deles para abrigo, alimentação ou reprodução. A restauração desses organismos é, portanto, também um investimento em sustentabilidade econômica para a pesca e o turismo.