Bienal do Lixo 2025 em São Paulo uniu criatividade, inclusão e consciência ambiental nos dias 21 a 25 de maio
REDAÇÃO DO DIÁRIO com reportagem e fotos de Denis Rugeri
O Parque Villa-Lobos, em São Paulo, recebeu a segunda edição da Bienal do Lixo, um evento que propôs reflexões sobre consumo consciente e sustentabilidade por meio da arte e da cultura. Com entrada gratuita mediante inscrição pelo Sympla, a Bienal ocupou uma área de 3.000 m², incluindo um domo central de 300 m² próximo à biblioteca do parque, onde foram expostas obras de dez artistas que utilizam resíduos como matéria-prima.


Arte que transforma resíduos em reflexão
A exposição principal reuniu obras da Ocean Sole, organização do Quênia que transforma chinelos descartados em esculturas, Agatha de Faveri, muralista de Santo André (SP), e Leo Piló, de Belo Horizonte (MG), que desde 2000 trabalha com arte sustentável. As criações utilizam materiais como papelão, plásticos e eletrônicos, promovendo um olhar crítico sobre o descarte e o reaproveitamento.
Programação interativa e educativa
Além das exposições, a Bienal ofereceu atividades como a Miniusina de Transformação, onde tampinhas plásticas foram recicladas em objetos como chaveiros e porta-copos, demonstrando na prática os princípios da economia circular.
A Casa Sustentável, uma construção de 50 m² feita inteiramente de plásticos reciclados, apresentou soluções ecológicas aplicáveis no cotidiano, como compostagem e redução do uso de plásticos.
O Desfile de Moda Consciente destacou estilistas que utilizam tecidos reciclados e práticas sustentáveis, abordando o impacto ambiental da indústria têxtil e promovendo o consumo responsável.
A programação incluiu ainda os Painéis de Diálogo, com especialistas discutindo temas relacionados à sustentabilidade, com exibição de filmes sobre meio ambiente e debates com diretores e especialistas.


Inclusão e acessibilidade
Comprometida com a inclusão, a Bienal do Lixo 2025 contou com intérpretes de Libras, audiodescrição e materiais acessíveis, garantindo que todas as atividades fossem plenamente aproveitadas por pessoas com deficiência.