A influência do metaverso no turismo

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O metaverso (na tradução literal ‘além do universo’, ou como tenho chamado: outra dimensão social) não só transporta pessoas do mundo real para o virtual, mas também leva o mundo virtual para o real.

*por Vinícius Taddone


No metaverso é possível criar o(s) seu(s) próprio(s) avatar(es), universos virtuais, é encontrar amigos virtualmente, você consegue fazer compras, decorar sua casa, enfim, são diversas as possibilidades dentro deste ambiente. A ideia é realmente ser um local no virtual, mas indo além, com cenários e que não temos no mundo real. E dentro desta realidade é possível inclusive comprar e vender terrenos, construir casas, empreendimentos, como se fosse realidade mesmo.

Metaverso no turismo

Agora imagina tudo isso na realidade do turismo, quantas possibilidades existem para explorar!

Para agências de viagens, imagina a quantidade de experiências que podem ser oferecidas dentro desta realidade virtual? Imagina promover uma expedição para Marte ou em Vênus? Olha que loucura o que pode ser feito!

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Dentro do metaverso, hoje já é possível ter experiências virtuais como subir o Monte Everest! E as limitações em um universo virtual são muito diferentes do mundo real, concorda? Então as possibilidades são muito mais abrangentes! Claro, não podemos esquecer que tudo vai ter custo, tudo vai ter preço, mas sim, existem possibilidades!

As agências de viagem vão poder fazer tudo ser possível, “só” vai precisar pagar.

Museus famosos como ou Louvre reproduzidos, assim como novos podem ser criados, cobrando entradas, vendendo artes. Um museu de NFTs inclusive já foi criado pela Pixrl, com o intuito de vender NFTs, e competir com grandes museus clássicos. (Olha a que ponto chegamos da tecnologia, museu de NFTs competindo com Louvre! O futuro chegou mesmo!!)

Monumentos podem ser reformados, igrejas famosas podem ser visitadas. Parques temáticos como a Disney podem ser recriados e cobrarem entradas, assim como podem ser criados parques. É possível até comprar ou alugar carro.

Imagine entrar numa agência de turismo no metaverso, comprar sua viagem e ter a oportunidade de conhecer os lugares mais inóspitos, diferentes e encantadores do mundo.

Guias turísticos podem criar seu próprio ambiente, inventar lugares novos, desenvolver turismos que não existem no mundo real!

Se você for o dono de um hotel, por exemplo, você pode comprar um terreno, contratar um arquiteto e/ou um designer e reproduzir o seu hotel de forma que fique uma réplica idêntica ou até mais futurista dentro do metaverso! Além de possivelmente causar curiosidade e conseguir clientes físicos (do mundo real), você ainda pode criar espaços para eventos, socialização, SPA para relaxar, quartos para hospedagem, restaurante, tudo dentro do metaverso! E ganhar dinheiro com isso!

Você pode vender comida, bebida, cobrar hospedagem, café, promover eventos pagos, cobrar entrada e lucrar com isso! Isso tudo vai contar como status, mesmo que a pessoa esteja comprando uma comida virtual, ou pagando café para alguém só para impressionar.

Além de tudo isso, como uma boa realidade paralela, todos estes lugares também poderão ser marcados em fotos tiradas e compartilhadas nas redes sociais, que os avatares vão ter!

Experiência do usuário ‘turista’

E para a experiência do usuário, nem preciso dizer o quanto tudo isso seria incrível, não é? Se para a agência de viagem, conseguir proporcionar uma expedição a outro planeta seria incrível, para o ‘turista’ não seria nada mal! Imagina ter uma foto no Instagram, com a marcação “Saturne-se”. Maravilhoso!

Seriam muitas possibilidades e usabilidades diferentes, criativas e superinteressantes dentro e estas ofertas! Mas como já foi comentado, claro que tudo vai ter o seu preço! E dentro deste universo, tempo é dinheiro! Então com certeza, tudo o que for mais complexo e demorar mais tempo para ser construído, vai ser mais caro.

Mas uma coisa que é muito legal no metaverso, é que ao contrário do que muitos podem pensar, é um produto que pode sim, ser muito interessante e acessível! O primeiro ponto é que, ao contrário do que muitos podem pensar, não precisa ter equipamentos super tecnológicos (como aqueles óculos de realidade aumentada) para entrar no metaverso, pode ser por computador ou celular mesmo, pelo menos por enquanto. Possivelmente daqui a um tempo os óculos podem predominar (àqueles grandalhões e outros menores como de sol mesmo, que já estão sendo produzidos), e mais um pouco ainda, chips de implantes cerebrais, como Elon Musk já tem dito em entrevistas.

E se tratando de turismo, pode ser que uma pessoa que não tenha condições de viajar para um país diferente ou mais distante, por exemplo, ela consiga ter esta experiência por meio da interação virtual. Então, uma oportunidade que talvez ela nunca pudesse ter, agora não parece tão inalcançável. Passa a ser algo possível, uma vivência diferente, porém super válida.

As experiências diferem, e proporcionam momentos únicos. Quem tem recursos, por exemplo, poderá ter impactado no ambiente do metaverso e ter vontade de viajar e conhecer um lugar também no destino físico (Crédito: Getty Images)

O turismo ‘físico’ está ameaçado?

E mesmo com todas essas possibilidades, o turismo ‘real’ não está ameaçado por esta tecnologia. As experiências diferem, e proporcionam momentos únicos. Quem tem recursos, por exemplo, poderá ter impactado no ambiente do metaverso e ter vontade de viajar e conhecer um lugar também no destino físico.

O turismo no metaverso é tão real que a Islândia fez uma campanha brincando com isso e aproveitou para divulgar o turismo do país e divulgar as belezas naturais da ilha. O nome da campanha é “Icelandverse” (ou ‘Islândiaverso’) e tem como apresentador o ‘Zack Mossbergsson’ para dizer que o metaverso é legal, mas que não substitui a experiência de ir ao local.

Se você assistiu ao vídeo do Mark Zuckerberg onde ele apresenta a Meta e fala do metaverso, vai pegar as referências e ver que qualquer semelhança não é mera coincidência. O vídeo é muito criativo e divertido.


Sobre Vinícius Taddone

O empresário fundou a VTaddone Studio em 2011, com intuito de ajudar pequenas e médias empresas que necessitam de Marketing diferenciado para crescimento de receita. Taddone passou por agências de turismo, e a última, ocupou o cargo de Coordenador de Marketing por 6 anos. Ele é bacharel em Planejamento de Marketing, Turismo e possui MBA em Marketing todas conquistadas pela Universidade Anhembi Morumbi. Possui as certificações em Marketing Digital na Prática (Endeavor), Java Script, Lógica em Programação e tem experiência em Marketing Workshop na Walt Disney World Resort em Orlando. Além disso, é presidente do BNI Sigma de São Paulo.

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