Abrasel critica fala do governador João Dória

Continua depois da publicidade

O discurso do governador de São Paulo, João Doria, foi “lamentável” ao não determinar um mínimo de previsibilidade ao setor privado para um eventual retorno das operações após o dia 22 de abril, disse o comando da Abrasel, associação dos bares e restaurantes.

VALOR ECONÔMICO

“Ele está fazendo política em cima de um setor arrebentado, que são as empresas de comércio e serviços. Foi vago, é algo lamentável. Com base nos próprios dados de contágio que apresentou hoje, ele [Doria] poderia fazer uma projeção de escala de retorno das atividades no pior e no melhor cenário, por exemplo. E aí vamos trabalhando em cima disso, podendo obviamente, ser tudo alterado, a depender do quadro da contaminação”, disse, disse Paulo Solmucci Jr, presidente da Abrasel, a maior associação de bares e restaurantes do país, setor que fatura R$ 250 bilhões ao ano.

Veja também as mais lidas do DT

O governador anunciou nesta segunda-feira a extensão do período de quarentena por mais 15 dias – de 8 de abril a 22 de abril. Ele vem se posicionando a favor das medidas de isolamento e enfatizando a diferença em relação à postura do presidente, que cobra a reabertura do comércio.

“Não se trata de acabar de uma hora para outra com a quarentena, ninguém está pedindo isso. O que se busca, e ele é um empresário e sabe disso, é planejamento. Como as empresas vão se organizar se nem tem um cronograma mínimo do Estado com prioridades, com possibilidades a serem trabalhadas, numa eventual saída gradual da quarentena?”.

Como empresários do setor já disseram dias atrás — entre eles Abilio Diniz e Luiza Trajano —, o setor vem ressaltando há semanas a necessidade de definir um programa de reabertura de lojas de forma organizada, para que seja implementado quando os governos estaduais derem o aval para a redução do isolamento social.

As associações do varejo, como o IDV, Abrasce, Alshop e Abrasel, terão hoje uma reunião virtual ao fim do dia para discutir algum plano de saída escalonado da quarentena, caso essa saída efetivamente ocorra após o dia 22 de abril.

“A ideia é que, se, e apenas se, houver segurança para as pessoas de redução da quarentena, já tenhamos enviado algum planejamento ao governador”, disse ele.

 

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade