O ministro da Saúde da Alemanha, Karl Lauterbach, descartou um bloqueio de Natal neste domingo (19), mas alertou que uma quinta onda COVID-19 não poderia mais ser interrompida e apoiou a vacinação obrigatória como a única maneira de parar a pandemia.
Reuters com EDIÇÃO DO DIÁRIO
“Não haverá um confinamento antes do Natal aqui. Mas teremos uma quinta onda – cruzamos um número crítico de infecções de Omicron”, disse Lauterbach, falando na emissora ARD. “Esta onda não pode mais ser completamente detida.”
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Em outra entrevista ao BILD, Lauterbach acrescentou que também não esperava que houvesse um “bloqueio duro” após as férias. Os Países Baixos, nosso vizinho, começaram um confinamento no domingo pelo menos até 14 de janeiro para conter uma onda esperada do vírus.
A Alemanha proibiu pessoas não vacinadas de entrar em estabelecimentos não essenciais no início do mês, em uma tentativa de controlar casos crescentes em meio à disseminação da variante Omicron.
O governo ainda precisava deixar claro para a população o que seria e não seria permitido durante a temporada de férias, disse Lauterbach, sem especificar quais medidas estavam em discussão.
O painel científico do governo disse em um comunicado no domingo que era necessário limitar ainda mais o contato entre as pessoas, com dados até agora mostrando que os impulsionadores sozinhos não seriam suficientes para conter a propagação do vírus.
Dada a rapidez e ampla expansão da variante Omicron – com os casos de Omicron dobrando a cada 2-4 dias na Alemanha no momento, mais lento do que a taxa de crescimento do Reino Unido, mas mais rápido do que a disseminação de outras variantes na Alemanha – era de se esperar uma sobrecarga considerável de hospitais, disse o comunicado.
Cerca de 70% da população está totalmente vacinada contra o vírus, segundo dados de 17 de dezembro.
O país registrou 29.348 novos casos no domingo e 180 mortes, de acordo com o Instituto Robert Koch de doenças infecciosas. O número de novos casos diários aumentou significativamente em outubro e novembro, mas vem caindo lentamente desde o início do mês.
Lauterbach reiterou seu apelo para tornar obrigatória a vacinação na entrevista de domingo à ARD, uma política que o Parlamento deve debater no início do próximo ano e que o chanceler Olaf Scholz disse apoiar.
“Acredito que podemos derrotar isso se fecharmos as lacunas na vacinação com vacinas obrigatórias. Essa é a minha clara convicção”, disse Lauterbach.