O diretor geral e CEO da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) em um pronunciamento em inglês divulgado hoje foi bastante duro com os governos que introduzem medidas de quarentena para os viajantes que chegam, citando o Reino Unido e a Espanha: “Nos opomos a certas medidas de quarentena”, disse.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais
Segundo ele, nesta semana o Reino Unido anunciou quarentena obrigatória de 14 dias como parte de seus planos ao facilitar seu bloqueio. “Existem poucos detalhes sobre quanto tempo e sob quais condições. Da mesma forma, a Espanha anunciou que medidas de quarentena de 14 dias na chegada estariam em vigor até pelo menos 24 de maio e possivelmente por mais tempo”, disse, e emendou:
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“As viagens internacionais não podem reiniciar nessas condições”.
Segundo ele, uma pesquisa recente do IATA em 11 mercados apontam que:
- 84% dos viajantes disseram que as medidas de quarentena eram uma das principais preocupações e
- 69% disseram essencialmente que não voltariam a viajar nessas condições.
“Nossa principal prioridade é reiniciar esse setor com segurança. Estamos propondo uma série de medidas que acreditamos que darão aos governos a confiança para reabrir suas fronteiras. É uma abordagem em camadas baseada em risco à biossegurança que precisa ser coordenada globalmente. Isso é importante. O país que chega deve estar confiante nos procedimentos em vigor no aeroporto de partida. E os viajantes precisarão da garantia de medidas comuns”, completou.
Segundo ele, a IATA propõe verificações de temperatura e outras medidas na partida para impedir que os viajantes sintomáticos voem. “Um sistema robusto de declarações de saúde gerenciado pelo governo e rastreamento de contato rigoroso podem gerenciar o risco de viajantes assintomáticos”.
E acrescentou:
“Nos opomos às medidas de quarentena porque a combinação dessas medidas, se bem implementada globalmente, pode gerenciar os riscos”, proferiu.
Ao final de seu pronunciamento online, disse que a IATA está trabalhando com a ICAO e outras partes interessadas para implementar rapidamente um sistema em camadas baseado em risco acordado para restaurar com segurança e eficiência a conectividade global.
“Nossa proposta envolve camadas de medidas temporárias sem quarentena até que uma vacina seja disponibilizada, com passaportes de imunidade ou testes da COVID-19 quase instantâneos disponíveis em grande escala”, afirmou.