Nesta quinta-feira (18), o governo argentino acusou a companhia aérea American Airlines de gerar incerteza no país, no momento em que suspendeu a venda de passagens para um prazo superior a 90 dias. Em declaração, a presidente Cristina Kirchner disse: "Agora querem assustar os argentinos que pretendem viajar ao exterior, que não são poucos."
Kirchner atribuiu à decisão da American Airlines a um suposto plano dos fundos especulativos que lutam contra a Argentina na justiça dos Estados Unidos, e também vinculou a medida ao aumento do dólar no mercado paralelo, cuja cotação é quase 80% superior ao dólar oficial. A American Airlines limitou a 90 dias a venda antecipada de passagens de voos procedentes ou para Buenos Aires.
Segundo operadores de turismo, a medida é motivada pelas restrições de acesso ao mercado de câmbio adotadas pelo governo, já que as companhias aéreas recebem em pesos e precisam convertê-los em dólares.
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A American Airlines detém 30% do mercado de voos entre Argentina e Estados Unidos, enquanto a estatal Aerolíneas Argentinas responde por 16%.
AV