Turistas se mostram indignados com a Torre Eiffel fechada por mais um dia; sindicatos contestam modelo de gestão do monumento
REDAÇÃO DO DIÁRIO
A torre Eiffel permanece fechada nesta quarta-feira (21). Este é o terceiro dia consecutivo que o famoso monumento de Paris, na França, não funciona devido a uma greve liderada por seus funcionários.
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À AFP, os sindicatos afirmam que estão denunciando a gestão financeira da empresa que opera a Torre Eiffel.
“Estamos decididos, e temos a impressão de que eles não estão fazendo nada”, disse Nada Bzioui, delegada sindical do Força Operária (FO), no terceiro dia de uma greve da qual também participa a Confederação Geral do Trabalho (CGT).
Segundo ela, o fechamento do atrativo turístico também nesta quinta-feira (22) é praticamente certo.
Os dois sindicatos convocaram a greve para “denunciar a gestão atual” do monumento. A paralisação acontece cinco meses antes de começarem as Olimpíadas, que vão de 26 de julho a 11 de agosto.
Vale dizer que as negociações foram concluídas na terça-feira (20) sem um acerto. Afinal, os sindicatos exigiram a presença de um representante da prefeitura, contudo, isso não ocorreu. Por ser acionista majoritária (99%) da SETE, empresa que gere a Torre Eiffel, a prefeitura se faz necessária nessa negociação.
Desiquilíbrio financeiro: a crise na Torre Eiffel
Os sindicatos denunciam que a prefeitura impõe um modelo de negócio “insustentável” devido a um desequilíbrio entre os preços dos ingressos e os gastos, ampliado pela crise da covid-19.
O equilíbrio econômico da torre Eiffel se viu afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros (641 milhões de reais) em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021).
O monumento recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, um número maior que em 2019, antes da pandemia.
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Fonte: RFI e Metrópoles