Aviação do Brasil ganha estudo que aponta desafios e tendências para o setor

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Um estudo da Aviação do Brasil encomendado pela IBS Software traz sugestões de alguns dos mais importantes players do setor

O Brasil tem o 5º maior espaço aéreo do mundo, mas a aviação representa somente 18% dos seus modais. Há um enorme potencial de crescimento na capacidade em viagens per capita pois o índice brasileiro é de 0,5, enquanto nos Estados Unidos é de 2,6, Espanha (4,5) e Chile (1,2). O modal rodoviário ainda representa 81% da forma como se transporta no Brasil.

Estes e outros dados estão no estudo Desafios e tendências da Aviação no Brasil, encomendado pela IBS Software, líder de soluções SaaS para operações de missão crítica no setor de viagens, com apoio da ALTA (Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo) e produzido pelo jornalista brasileiro Fabio Steinberg, analista de aviação independente e reconhecido por seu vasto repertório editorial sobre a indústria da aviação.

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A partir de pesquisa de dados e entrevistas com mais de 30 players relevantes do mercado, o relatório traça um panorama setorial e identifica desafios e oportunidades da aviação brasileira que transportou mais de 95 milhões de passageiros em 2019 de acordo com dados da IATA e hoje emprega mais de 140 mil trabalhadores no Brasil.

Confira a seguir alguns destaques do estudo exclusivo. O Estudo Aviação no Brasil pode também ser acessado na íntegra clicando aqui.

AVIAÇÃO NO BRASIL – DESTAQUES

A aviação brasileira é muito mais que um meio de transporte. Seus benefícios vão muito além de ações diretas como transporte de passageiros e cargas, avançado na construção de relações turísticas e comerciais. A aviação no Brasil é geradora de integração entre territórios e desenvolvimento econômico e social.

A aviação regional é essencial para a integração do território brasileiro, principalmente quando se trata de regiões remotas ou que só podem ser alcançadas por avião.

O Brasil registra 0,5 viagens por pessoa, número muito baixo em comparação aos apresentados nos Estados Unidos (2,6), Espanha (4,5) ou Chile (1,2), o que indica um enorme potencial de crescimento, principalmente se considerarmos o tamanho da população brasileira, de sua economia e a dimensão territorial do país.

A participação do transporte aéreo na economia brasileira tem crescido, em grande parte devido à simplificação e modernização das regulamentações do setor, bem como à criação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Mesmo assim, a aviação representa apenas 18% dos meios de transporte no País.

Dentre as principais contribuições da aviação, podemos destacar a cadeia do turismo, que tem se beneficiado muito com o aumento do número de voos. O contrário também vale: o turismo gera demanda, o que promove novos investimentos em rotas aéreas.

A nova realidade pós-pandemia leva as pessoas a optarem por locais com natureza e ao ar livre, evitando grandes aglomerações de pessoas e ambientes fechados. Esta situação beneficia o Brasil devido às suas fantásticas condições que lhe permitem atrair mais turistas internacionais. No entanto, a chegada ao país depende quase inteiramente das viagens aéreas.

Dos 5.500 municípios brasileiros, apenas cerca de 130 são cobertos por rotas de aviação comercial. De acordo com a ANAC, de janeiro a agosto de 2022, 53 milhões de passageiros de voos domésticos e 1,4 milhão de passageiros em voos internacionais utilizaram 213 aeroportos brasileiros em voos regulares. Trata-se de um crescimento de 49% nos voos domésticos e de 355% nos internacionais, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

O setor de aviação emprega mais de 140 mil trabalhadores no Brasil, 90% deles com idade entre 25 e 64 anos. 47% deles têm nível superior e 50% ensino médio completo. Olhando para a maioria das pessoas que trabalham no setor de aviação, vemos que 72% são homens e 28% são mulheres.

As despesas operacionais das companhias aéreas brasileiras são divididas em duas categorias. A primeira, paga em dólares (USD), representa 51% do custo total e é a mais difícil de prever, pois depende da flutuação dos valores de câmbio. A segunda categoria (49%) é paga em reais (R$) e, portanto, muito melhor de administrar. O maior fator que contribui para a ineficiência financeira das companhias aéreas brasileiras é o preço do Querosene de Aviação (QAV), que é 30 a 40% mais caro do que em países como os Estados Unidos.

As reclamações dos passageiros levadas aos tribunais também impactam os preços.  No Brasil, diferentemente do resto do mundo, estabeleceu-se que as empresas aéreas devem ser responsabilizadas quando se trata de questões relacionadas ao transporte aéreo.  E, se considerarmos que um caso levado adiante no Brasil equivale ao custo de 17 passagens, podemos ter a dimensão do impacto deste tipo de prática na estrutura de custos das companhias aéreas como um todo.

Saiba mais em: https://www.ibsplc.com/

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