BRASÍLIA (Reuters) – O número de mortos no COVID-19 no Brasil ultrapassou 200.000 na quinta-feira (7), disse o Ministério da Saúde, enquanto novos casos diários aceleraram para um recorde de 87.843 após feriados de fim de ano no país com o segundo surto mais mortal do mundo.
Especialistas alertam que o Brasil ainda não viu o auge de casos decorrentes de pessoas que comemoram Natal e Reveillon com amigos e familiares. Outros, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, reservaram suas férias regulares na praia no auge do verão no Hemisfério Sul.
“É uma pena o que aconteceu. O que esperamos é que a partir de 15 de janeiro, infelizmente, voltemos a enfrentar um estado crítico nos hospitais ”, disse Rafael Deucher, médico do Paraná, onde 80% dos leitos de terapia intensiva pública estão ocupados.
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Os imunologistas afirmam que vários fatores podem intensificar uma segunda onda do vírus. O Brasil está a pelo menos três semanas de iniciar sua campanha de vacinação, segundo o governo, que tem sido criticado por não ter agido com rapidez suficiente.
“As pessoas estão cansadas e não aderem mais às medidas preventivas por estresse psicológico, mas também pela falta de um discurso político unificado”, disse Alexandre Naime, chefe do departamento de doenças infecciosas da faculdade de medicina da Universidade Estadual Paulista.
“Há muita gente que é contra a ciência e a saúde pública, contra a máscara e a favor dos grandes encontros.”
Publicação tendenciosa com críticas ao governo.