Conflitos políticos, indiferença e confusão fazem com que a Venezuela
fique cada vez mais próxima de ser expulsa do Mercosul
Da REDAÇÃO com Agência Brasil –
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse hoje (4), por meio de sua conta no Twitter, que o Brasil vai pedir a suspensão da Venezuela do Mercosul. A próxima reunião de chanceleres do bloco acontecerá na tarde de hoje, sábado (5), em São Paulo.
“É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura. Houve uma ruptura da ordem democrática na Venezuela”, disse. “E, por consequência, o Brasil vai propor que ela seja suspensa do Mercosul até que a democracia volte.”, completou.
Amanhã, os chanceleres do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, vão se reunir para tomar uma decisão definitiva sobre a situação da Venezuela com base no Protocolo de Ushuaia, que inclui uma cláusula democrática que pode levar à suspensão política do país no bloco. Atualmente, o Brasil é presidente pró-tempore do bloco.
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Pautas não-correspondidas
Em comunicado à imprensa, o Itamaraty informou que os chanceleres deverão avaliar a ausência de medidas concretas para a retomada da normalidade democrática por parte do governo venezuelano, sua recusa a participar da reunião de consultas e o agravamento da situação na Venezuela.
Desde abril, a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo, muitas delas violentas e que já deixaram cerca de 100 mortos e mais de mil feridos. O governo Maduro deu posse nesta sexta-feira a uma nova Assembleia Nacional Constituinte, que a oposição não aceita. A iniciativa foi criticada pelo Mercosul, bloco do qual a Venezuela também faz parte, mas está suspensa por causa dos conflitos políticos