Fórum de Turismo Rodoviário: burocracia e ilegalidade incomodam mais que as companhias aéreas”, afirma palestrante

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“A burocracia dos órgãos reguladores, as empresas ilegais, as condições das estradas e a insegurança são fatores que mais nos desestimulam e nos incomodam, mais do que o crescimento das companhias aéreas no mercado” , afirmou Emerson Imbronizio, vice-presidente da ANTTUR (Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento) e diretor da empresa Rimatur. Essa frase foi dita durante a abertura do 2º Fórum Nacional de Turismo Rodoviário, que aconteceu no primeiro dia do 25º Salão Paranaense de Turismo, em Curitiba.

por Paulo Atzingen

Como representante de uma associação de transporte e diretor de uma empresa rodoviária Emerson ficou muito à vontade para falar dos inúmeros gargalos que o Transporte Rodoviário brasileiro enfrenta, e, em especial, as empresas que atuam no ramo.

“Tivemos um tempo áureo do turismo rodoviário nas décadas de 70 e 80, no entanto, hoje, por várias razões isso não mais acontece. A primeira é a questão da insegurança e o medo aos assaltos, já que o turismo de compras é visado pelos bandidos. A segunda razão é o excesso de normas e selos e exigências que a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) impõe às empresas transportadoras”, afirmou o executivo.

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Selo e ilegalidade

Segundo ele, as empresas paranaenses de turismo devem ter de três a quatro registros para operar, caso contrário são multadas. “Para operar em Curitiba é preciso um selo; para rodar fora de Curitiba precisa de outro selo; para sair fora do Estado, outro. É preciso que isso seja regulamentado! Estamos trabalhando com a ANTT para mitigar essas reivindicações e ao mesmo tempo combater as empresas ilegais”, afirmou.

Para Imbronizio as empresas ilegais são outra pedra no sapato. As companhias piratas não querem legalizar. Trabalham com documentação vencida, pneus carecas, sem manutenção. Acidentes acontecem em nossas estradas e essas empresas não têm seguro. Existem perdas humanas e as famílias não são indenizadas”, enumerou o vice-presidente.

“Fazemos um apelo aqui para que o governo do Estado do Paraná nos ajude e que as agências nos auxiliem a tirar os entraves burocráticos e que o nosso segmento possa voltar a ser crescer”, falou.

Foi notado durante a  apresentação de Imbronizio a ausência de um representante da ANTT.

* O jornalista Paulo Atzingen viajou ao Paraná convidado pela ABAV-PR.

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