(Edição do DT com agências)
A Basílica Santa María Antigua, considerada a “Capela Sistina da Idade Média”, reabiu no Foro Romano, no coração de Roma, após passar mil anos soterrada e ser submetida a um longo processo de restauração de três décadas. Em um testemunho único da arte sacra da Idade Média e centro de afrescos de séculos VI a VIII, a Basílica foi quase totalmente recuperada e é considerada uma das igrejas romanas mais antigas, apesar de ter sido destruída por um terremoto.
Consagrada no princípio do século VI, a igreja foi erguida sobre parte do palácio de Diocleciano, três séculos depois do imperador Constantino I, o Grande, converter-se ao cristianismo, com o Édito de Milão de 313. Composta por três naves, a Santa María Antigua conserva quatro camadas de pinturas sobrepostas durante quase três séculos, em um total de 250 metros quadrados que ocupavam toda a superfície, incluindo as colunas, com ciclos dedicados a santos e a 40 soldados cristãos romanos condenados por sua fé.
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Devido a um terremoto ocorrido no ano de 847, a igreja ficou parcialmente destruída e foi enterrada para servir como cimento para a igreja barroca de Santa María Liberadora. Em 1900, o arqueólogo Giacomo Boni descobriu o oratório da igreja e decidiu derrubar a Santa María Liberadora para ter acesso ao local. Considerada a “Capela Sistina” da Idade Média, a igreja conserva tesouros e relíquias, como um quadro da Virgem Maria.
Fechada por décadas, a igreja foi reaberta neste mês ao público, em uma ocasião única para os peregrinos do Jubileu da Misericórdia, convocado pelo papa Francisco. (ANSA)