Doze meses de curso teórico, 500 horas de voo e cerca de R$ 63 mil. Essas são as prerrogativas básicas para uma pessoa se tornar piloto privado ou co-piloto comercial de táxi aéreo (aeronaves de pequeno porte). Quem sonha em entrar no concorrido mercado da aviação comercial precisa completar ao menos 1,5 mil horas de voo.
De acordo com Andrei Bertulucci, instrutor de voo da Eacon (Escola de Aviação Congonhas), além de ter mais de 18 anos, o ensino médio completo e ser aprovado em um exame médico em uma clínica credenciada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), alguém que deseja comandar uma aeronave precisa ser disciplinado e se abster do uso contínuo de álcool e outras substâncias psicotrópicas.
“Além disso, o piloto passa todo ano por um curso de reciclagem de cerca de uma semana para poder renovar sua permissão para pilotar”, explica.
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Apesar da qualificação profissional de um piloto comercial ser bastante cara, a procura ainda é grande e todos os meses são abertas novas turmas, pois a remuneração para esse tipo de profissão é bastante alta, com média de salário que varia entre R$ 20 mil a R$ 30 mil para os comandantes do voo.
O curso para piloto provado tem cinco meses de aula teórica, além de 40 horas de voo. O custo fica em torno de R$ 15 mil. Quem deseja se especializar precisa fazer o curso de piloto comercial, que envolve seis meses de aula, mas 110 horas de voo acompanhado. O valor gasto já sobe para R$ 40 mil. Para tornar-se instrutor de voo, o candidato tem de encarar mais um mês de curso teórico e outras 27 horas de voo monitorado por outro instrutor. São cerca de R$ 8,6 mil.
HOMENS/ Segundo Bertulucci, os homens representam 80% dos alunos na escola de pilotos e as idades variam entre 18 e 30 anos. As aulas normalmente ocorrem em meio período, sobretudo pela manhã ou no período noturno.