Chieko Aoki, fundadora da Blue Tree Hotels, fala ao DIÁRIO

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Ao dar início às entrevistas deste ano, o DIÁRIO DO TURISMO ouve os players do setor turístico, entre eles hoteleiros, operadores, e representantes de instituições sobre suas expectativas para o ano que começa e ainda diante de um quadro econômico recessivo e uma política instável. A entrevistada desta vez é Chieko Aoki, fundadora da Blue Tree Hotels

Da REDAÇAO

A sexta entrevistada que falou com o DIÁRIO sobre suas expectativas para 2017 – que se inicia – e ainda diante de um quadro econômico recessivo, é Chieko Aoki, fundadora da Blue Tree Hotels. A empresária é formada em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), com cursos em Administração na Universidade de Sofia, em Tóquio, e de Administração Hoteleira, na Cornell University, nos Estados Unidos. Em 1997, lançou a bandeira Blue Tree Hotels e tem como missão consolidar a rede como a mais conceituada operadora brasileira de hotéis, com reconhecimento pela alta qualidade, elegância e estilo próprio de serviços.

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DIÁRIO – A senhora pode fazer um prognóstico de como se apresentará o mercado hoteleiro no primeiro semestre e segundo semestre de 2017?

Chieko Aoki –Prefiro pensar no ano do que fazer estimativas por semestre e estou bem otimista para 2017. Nos últimos anos passamos por uma conjuntura econômica e política delicada, mas os empresários não estão medindo esforços para inovar e ser mais produtivos, reavaliar e buscar novas formas de trabalhar para atingir os resultados financeiros, criar novos mercados. Enfim, ninguém está parado, todos buscam situação melhor. Já se foi o tempo das lamentações, estamos focados em fazer do limão uma limonada. Por isso, ventos favoráveis serão gerados para colheitas melhores em turismo.

Segundo a análise divulgada pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), 2017 apresenta perspectiva de recuperação no cenário hoteleiro em algumas cidades. E, das 13 cidades avaliadas neste estudo, estamos presentes com nossas unidades em 8, o que indica que podemos pensar em boas projeções de crescimento para a Rede Blue Tree.

Temos vários feriados prolongados este ano, o que é positivo para nossos hotéis de lazer, mas que afastam os viajantes dos hotéis voltados para o mercado corporativo.  Por isso, já estamos pensando em projetos atraentes para o público que gosta de viajar para cidades próximas ou metrópoles para atividades que, pela correria, não encontram tempo para fazer como união de famílias, parentes, curtir a gastronomia, cultura, artes, os ex-colegas, etc.

DIÁRIO – Tendências apontam que com a economia recessiva o turismo internacional (emissivo) pode surpreender, a senhora concorda?

Chieko Aoki – Acredito que o Brasil já é um destino atrativo para os estrangeiros. Temos aqui no País atrações para todos os gostos, com belíssimas praias, campos, serras e centros urbanos. A pesquisa da Demanda Turística Internacional divulgada no ano passado apontou que, dos 6,3 milhões dos turistas estrangeiros que visitam o Brasil, 95,5% tem intenção de retornar. Segundo eles, os principais atrativos são a hospitalidade dos brasileiros, a gastronomia e as hospedagens.

Assim, temos condições e estamos preparados para o aumento de visitantes de outros países. Somos culturalmente cordiais e, juntando-se a isso, tarifas e real competitivos, somos um destino atraente especialmente para europeus, americanos e para os que já nos visitam bastante, como os visitantes da América do Sul.

DIÁRIO – Como a senhora analisa o mercado hoteleiro com o governo Temer (em relação ao mercado nacional) e governo Doria (em relação a São Paulo)?

Chieko Aoki – Turismo é um setor competitivo em nível internacional. Praticamente todos os países, dos 4 continentes, sem exceção, consideram o turismo uma das fontes mais importantes para captação de divisas, geração de empregos e para expressar o orgulho por seus países. Portanto, a política de investimento em turismo é muito importante para qualquer país.  Não basta ser atraente. É preciso que o destino esteja na mente dos viajantes. E isso exige vontade, foco, planejamento e envolvimento dos setores, dentro e fora do turismo, em um trabalho integrado e com investimentos que possibilitem se tornar uma excelente opção de destino.

“Turismo é um setor competitivo em nível internacional. Praticamente todos os países, dos 4 continentes, sem exceção, consideram o turismo uma das fontes mais importantes para captação de divisas, geração de empregos e para expressar o orgulho por seus países”

As Olimpíadas deram visibilidade ao Brasil para o mundo e criaram facilidades, atrações turísticas e melhorias no Rio. A partir deste evento, o Brasil passou a ser mais divulgado para atrair turistas nacionais e do exterior. Apenas um ponto exige melhora: passar uma imagem positiva e garantir ambiente seguro e de bem-viver para turistas e para cidadãos. E isso se aplica para todo o país.

Com relação ao governo Doria, estou muito positiva. O Prefeito João Doria já foi presidente da Paulistur e da Embratur, onde fez excelente trabalho para o desenvolvimento do turismo no mercado nacional e internacional.  emos no Prefeito um forte incentivador do turismo e vamos juntos, governo e setor privado, fazer o turismo dar o salto na captação de turistas, divisas e fazer melhorias da cidade para ser cidade atraente para negócios, passeios e compras. Acredito muito no mercado de eventos para a cidade e junto com o São Paulo Convention and Visitors Bureau, podemos dar salto na captação de congressos e eventos.

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