Rodrigo Luis*
A China inaugurou oficialmente o Ministério da Cultura e Turismo no último domingo (8). A fusão do antigo Ministério da Cultura e da CNTA (Administração Nacional do Turismo na China) faz parte do plano de reestruturação institucional do Conselho de Estado após a confirmação de que Xi Jinping poderá permanecer presidente do país por toda a vida.
A criação do Ministério da Cultura e Turismo visa “coordenar o desenvolvimento das indústrias culturais e turísticas, aumentando o poder brando e a influência cultural do país, e promovendo intercâmbios culturais internacionalmente”.
Huang Kunming, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e chefe do Departamento de Publicidade do Comitê Central do PCC, participou da cerimônia de inauguração em Pequim e disse que o estabelecimento do ministério fortalecerá a liderança geral do Partido sobre o trabalho da cultura e do turismo.
Ele pediu ao ministério que abrace a nova era, assuma novas missões, tenha mais confiança na cultura chinesa, além de implementar políticas e decisões tomadas pelo Comitê Central do PCC.
Vale destacar que o turismo externo será incentivado pelo Ministério da Cultura e Turismo. Com Xi Jinping se aproximando de ser o novo “imperador” da China e o turismo finalmente tendo status ministerial, os fundamentos do turismo de saída da China mudaram mais do que nunca desde a introdução do sistema de Status de Destino Aprovado (ADS) em 1995 e 1997. Na época, a proclamação das “medidas provisórias relativas à administração de viagens de saída de cidadãos chineses às suas próprias custas” reconheceu oficialmente, pela primeira vez, a existência do desejo de cidadãos chineses viajarem internacionalmente para fins de lazer.