Com fim do litígio, União pagará R$ 4,7 bi à massa falida da Varig

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Varig questionava, há 30 anos, o congelamento de preços no Plano Cruzado, de 1986, implantado no governo Sarney


REDAÇÃO DO DIÁRIO

Na última sexta-feira (22), a Advocacia Geral da União (AGU) fechou um acordo para pagar R$ 4,7 bilhões em indenização à massa falida da Viação Aérea Rio-Grandense S.A. (Varig). Segundo a declaração, o valor acordado é superior ao bloqueado pela Fazenda, em R$ 2,9 bilhões, para buscar o déficit zero neste ano. A empresa foi a maior área brasileira e operou por quase 80 anos, até 2006.

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Conforme destacado pela reportagem do Correio Braziliense, a Varig questionava o congelamento tarifário realizado durante o governo do presidente José Sarney, com o Plano Cruzado, de 1986. De acordo com a Varig, na ação, ela sofreu prejuízos bilionários com o congelamento no valor das passagens aéreas pelo governo federal ainda que os custos de combustível, estabelecidos no mercado internacional, estivessem subindo sem parar.

Em 2014, vale dizer, houve uma condenação em todas as instâncias da União. Nesse período, a indenização calculada ultrapassaria os R$ 6 bilhões. Agora, o valor diminuiu, mas ainda está entre as maiores já determinadas pela justiça brasileira.

A partir do acordo entre a União e a massa falida da Varig, cerca de 15 mil ex-funcionários receberão suas indenizações, esperadas desde que a companhia aérea decretou falência. Aposentados e pensionistas da empresa também estavam sem receber após o ocorrido.

Segundo a matéria do Correio Braziliense, o próximo passo será a expedição do precatório para esses pagamentos. No entanto, há indícios de que o governo só pagará tudo em 2025.

De acordo com a AGU, a quantia será suficiente para quitar todas as dívidas trabalhistas, que são estimadas em R$ 1 bilhão. Além disso, irá arcar com os atrasados do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) dos ex-empregados, que giram em torno de R$ 560 milhões.

“O acordo assegura, a um só tempo, economia para os cofres públicos, arrecadação para a dívida ativa da União e pagamento a dezenas de milhares de credores trabalhistas, inclusive quanto ao FGTS, que terá a sua maior transação da história”, apontou a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize de Almeida.

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