Conheça os 5 principais erros cometidos por brasileiros na hora de sair do país

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Levando em consideração o estudo mais recente do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), mais de três milhões de brasileiros vivem fora do Brasil. Deste total, 1,4 milhão residem nos Estados Unidos, com a Flórida sendo um dos lugares preferidos dos brasileiros, principalmente para os que querem empreender. Durante a euforia da mudança, é normal que as pessoas busquem informações na internet, deixando passar despercebido questões que são de extrema relevância para que a viagem não se torne um pesadelo.

EDIÇÃO DO DIÁRIO e agências.

Estar ciente dos assuntos jurídico-tributários de ambos os países é fundamental, mas dados como estrutura familiar, status imigratório e fontes de renda são exemplos do que também têm que ser levado em consideração na hora de fazer o planejamento pré-imigratório. Na intenção de auxiliar as pessoas que querem sair do país a se organizarem melhor, Vinícius Bicalho, fundador e CEO da Bicalho Consultoria Legal, empresa especializada em imigração e internacionalização de negócios, com mais de 17 anos no mercado, elaborou uma lista com os cinco principais erros que os brasileiros comentem na hora de sair do país.

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Vale dize que somente nos últimos cinco anos, a empresa prestou consultoria para mais de 200 brasileiros interessados em empreender fora do Brasil, levando o próprio negócio ou adquirindo franquia para ter operação internacional.  Se você está pensando em se mudar para os Estados Unidos, preste atenção nas dicas abaixo para que toda a adrenalina da sua viagem seja focada apenas na adaptação do novo país e não nos transtornos e prejuízos causados pela falta de organização.

Abaixo, os principais erros cometidos por brasileiros na hora de sair do país:

  1. Não pensar na questão imigratória:

De acordo com Bicalho, os brasileiros não se planejam para sair do país, esquecendo de pensar na questão imigratória com antecedência e ainda no Brasil, podendo ter problemas, por exemplo, com os vistos necessários para residir, estudar ou trabalhar fora.

“Na prática, o brasileiro estabelece para onde quer ir, mas não vai atrás da documentação. Muitas vezes os brasileiros chegam nos Estados Unidos como estudantes, mas precisam trabalhar.  E é somente nesse momento é que se dão conta que estão com vistos de estudantes”, explica.

Nos Estados Unidos trabalhar como estudante é ilegal e o cidadão não consegue se regularizar dentro do país. Ou seja, é preciso extrema atenção na hora de escolher o visto americano que melhor se encaixa dentro dos seus objetivos.

  1. Falta de organização com os impostos:

Pessoas que continuarão a ter renda e patrimônio no Brasil devem se planejar para que não haja a incidência de impostos desnecessários, uma vez que existem tratamentos diferentes para quando se é residente permanente (Green Card) ou outras modalidades. Para o advogado, é importante que os cidadãos se planejem para não pagar impostos desnecessários nos dois países.

“O Brasil tem como preceito que o indivíduo recolha a renda mundial e os Estados Unidos também têm isso. É necessário que o viajante faça as compensações dos impostos e estruturas patrimoniais para que não haja duplicidade”, conta Bicalho.

  1. Não entender como funciona a sua profissão fora do Brasil:

Brasileiros que querem exercer carreira no exterior precisam entender que, fora do Brasil, existem regras para executá-las. Nos Estados Unidos a situação ainda é mais delicada, uma vez que cada estado tem a sua própria regulamentação.

“Normalmente as pessoas precisam revalidar o diploma, ter licença para atuar nos Estados Unidos ou ainda fazer novos cursos para exercer carreira nos Estados Unidos. Oriento que procurem o Conselho de Classe do estado onde pretende atuar para entender quais são as exigências locais”, diz Bicalho. “Profissionais de Direito, Medicina e Engenharia, por exemplo, precisam estudar novas matérias para obterem licença para trabalhar”.

  1. Não conhecer o mercado de trabalho e as suas regras:

Bicalho explica que nos Estados Unidos os tipos de empresas, as regras tributárias e trabalhistas e as relações com os consumidores e fornecedores são bem diferentes do que temos no Brasil. Por essa razão, conhecer muito bem o mercado de trabalho local e as suas normas.

“O Brasil e os Estados Unidos têm questões legais e culturais bem distintas. Enquanto no Brasil temos o famoso “jeitinho brasileiro” para resolver os problemas, nos Estados Unidos o comprometimento com a verdade é coisa séria. Indico que aqueles que querem internacionalizar os negócios ou abrir uma nova marca tenham o suporte de uma assessoria, que certamente fará pesquisas in loco, minimizando problemas futuros”.

  1. Falta de planejamento financeiro:

Bicalho comenta que muitas vezes os brasileiros vão para os Estados Unidos com uma expectativa das coisas acontecerem muito rapidamente. No entanto, é preciso que os imigrantes se planejem financeiramente para ficar no país, uma vez que todos os profissionais e negócios precisam de tempo de maturação para encontrar o tão desejado ponto de equilíbrio.

“Apesar dos Estados Unidos ser o maior mercado consumidor do mundo, não é o “Reino das Fantasias”. A nossa taxa de desemprego é a menor dos últimos cinco anos, mas o todo profissional ou empresa precisa de um tempo de maturação para se estabelecer no mercado americano”, finaliza.

Vinicius Bicalho é mestre em Direito no Brasil e EUA e especializado em Negócios Internacionais, atuando há 17 anos como sócio na Bicalho Consultoria Legal.

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