Durante o dia, seu trabalho consistia em cuidar dos vulcões para que não entrassem em erupção e em arrancar da terra os frutos de baobá”.
-O Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry
Todos os dias, o Pequeno Príncipe tinha uma missão, além de fazer companhia à Rosa, e cuidar para que os baobás não crescessem mais que seu planeta, cuidar dos vulcões era mais que essencial para não desestabilizá-lo e nem ameaçassem os frutos de baobá que estavam por vir.
Mas e se na verdade, Saint-Exupéry quisesse dizer que os vulcões seriam conflitos internos, traumas e inseguranças que o príncipe tinha (vulgo ele mesmo)? Inseguranças que quase como um ritual, ele precisava lidar todos os dias.
Todos nós precisamos cuidar de nossos vulcões. Uns já resolvem logo pela manhã, outros travam uma batalha consigo mesmo pelo resto do dia, e pior ainda aqueles que perdem o sono por não conseguirem se desvencilhar desses gatilhos, precisando até de medicamentos. Pode ser uma insegurança na aparência, falta de confiança no desempenho do trabalho, ansiedade, depressão, perdas ou até traumas de infância, entre outros. Mas quem disse que seria fácil desativar um vulcão?
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A missão fica mais difícil de pessoa pra pessoa, principalmente quando algo está em jogo, como no caso do príncipe os frutos de baobá. Os vulcões também podem representar situações adversas que aparecem para nos desestabilizar, são coisas que não podemos controlar, situações internas que nos tiram do sério de dentro pra fora.
É preciso trabalhar nossos vulcões da maneira que conseguirmos, se necessário for até com ajuda especializada. O que não pode, é a culpa e a insegurança nos aprisionar, ocultando as qualidades e virtudes que cada um tem. Mas se cabe um conselho, pense da seguinte forma: Não foque a sua vida nos vulcões, mas sim nas sementes de baobá. Todo dia há algo bom para se observar!
Crédito José Augusto Cavalcanti Wanderley
Colaborou: Nicole B. Vieira da Rocha Santos
