De acordo com o Pipeline, o site de negócios do Valor Econômico, a administração da operadora de turismo CVC pode tomar uma ação rara na história corporativa brasileira: pedir um ressarcimento de ex-diretores, que inclua devolução parcial de bônus e ações recebidas em plano de opções.
Na matéria, publicada nesta segunda-feira (29), a empresa informa que concluiu as investigações internas sobre erros contábeis e recomendou aos acionistas (na sexta-feira, 26) que aprovassem uma arbitragem para pedir ressarcimentos, o que o que será votado em assembleia extraordinária em 27 de abril.
Na possível arbitragem, a CVC pretende incluir quatro ex-executivos, entre eles Luis Eduardo Falco, ex-CEO e ex-presidente do Conselho.
Além de Falco, a CVC recomendou a abertura de processo contra Luiz Fernando Fogaça, diretor financeiro na gestão Falco e sucessor como CEO até março de 2020; Leopoldo Saboya, CFO de abril de 2018 a novembro de 2019; e Douglas Varaschim, o diretor de tecnologia até julho.
“Cabe aos acionistas definirem sobre a proposição do conselho porque, em última instância, são os donos da companhia que teriam sido afetados. Não tenho avaliação sobre o assunto porque cheguei após os fatos e não participei da investigação, meu olhar é para a gestão da empresa”, disse Leonel Andrade, presidente da CVC ao Pipeline.
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O matéria do Pipeline ainda afirma que “Uma fonte que efetivamente acompanhou as investigações disse que não foi possível encontrar prova de dolo na conduta dos executivos, mas diz que é “inquestionável” que os erros contábeis melhoravam artificialmente os resultados da CVC, o que se traduzia em bônus. “Os sistemas de controle eram manuais, mas nunca erravam para menos”, afirmou.