O setor hoteleiro vive um momento de otimismo com as definições políticas, com a eleição do novo presidente da República.
EDIÇÃO DO DIÁRIO
Mas o desenvolvimento do setor hoteleiro e do turismo de lazer depende da ampliação da malha aeroviária nacional. A conclusão é do diretor executivo da CVC Corp, Claiton Armelin, e do diretor Executivo do Clube de Turismo Bancorbrás, Carlos Eduardo Pereira, que participaram do painel “Perspectivas de mercado: a visão de quem comercializa hotéis e resorts no Brasil”, que abriu o ADIT Hotel – Seminário sobre Desenvolvimento e Investimentos Hoteleiros, nesta segunda-feira (5), em São Paulo.
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Para Armelin, apenas algumas capitais estaduais no País possuem uma oferta significativa de voos. “Muitos destinos, tanto em capitais como secundários, sofrem com a falta de linhas aéreas regulares”, alertou. Para ele é preciso que empreendedores e gestores iniciem ações para que as companhias aéreas “deem uma forcinha para incrementar o setor hoteleiro e de turismo no Brasil”.
Pereira concorda e destaca ainda a reestruturação dos aeroportos. “Fora do Brasil temos destinos turísticos com aeroportos melhores que muitas capitais brasileiras”, lembra.Para ele também seria possível melhorar o fluxo de turistas com o fracionamento das férias escolares, dividindo a demanda de turistas. “Teríamos inclusive a diminuição no preço das passagens”, acredita.
Mediador do painel, o presidente da ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil) e Diretor do ILOA Resort, Felipe Cavalcante, lembrou que a expectativa gerada pela definição do novo Governo pode ajudar no desenvolvimento do setor.”Estávamos com uma grande âncora, que agora foi retirada. Temos inflação baixa e uma expectativa muito grande de melhora no PIB. Um quadro que irá impulsionar o turismo de lazer e estimular os investimentos em hospedagem”.
Concorrência desleal
Uma preocupação do setor, segundo Armelin, deve ser o crescimento do aluguel de residências para as férias. O Airbnb tem crescido no mundo todo e, para o executivo, veio para ficar. “Por enquanto não é o perfil de nossos clientes, mas é uma tendência e já temos consultas de famílias procurando esse sistema”, afirma.
Para ele, a situação preocupa pela fala de regulamentação. “Esse novo player do mercado não paga impostos. Quanto muito um IPT”, lembra. Já Pereira entende que a hotelaria não pode dar espaço. “O aluguel de residências para famílias em férias não vai acabar”, entende. “Mas os hoteleiros têm o papel de encantar os clientes. Oferecer uma experiência nova a cada dia para fidelizá-los”.