DIÁRIO em meio aos ‘negacionistas’ e ‘comunistas’

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Fomos confundidos recentemente como um  jornal partidário e de ter fechado acordos publicitários com alguns governos o que foi prontamente contestado em um editorial e esclarecido. Somos jornal de turismo e com opinião.

Conselho Editorial do DT (publicado originalmente dia 26 de abril de 2021)


No entanto, as lutas, os xingamentos e as etiquetas continuam sendo coladas – não mais em nós – um jornal online de turismo com opinião própria – mas naqueles que se opõem ou questionam políticas de governo mal aplicadas – no caso específico e recente – políticas de Saúde Pública – que refletem e afetam frontalmente a nossa cadeia do turismo. Sim! afetam as companhias aéreas, as redes hoteleiras, os hotéis familiares, as pousadas as agências de viagem, as operadoras de turismo, as agências de receptivo, enfim, tudo que se move sobre a face da terra.
Aqueles que defendem o presidente Jair Bolsonaro em suas falas, atos e decretos são chamados de negacionistas; por outro lado, aqueles que o atacam e o criticam são prontamente taxados de comunistas ou esquerdopatas. Quanta bobagem superficial!

Carimbos

Tem sido muito comum pessoas – que jamais abriram um livro de história ou de economia – rotularem ou carimbarem umas às outras com a designação ‘de esquerda’ ou ‘de direita’. Muitos, na verdade, nem sabem a origem desses conceitos, surgidos há mais de 200 anos, logo após a Revolução Francesa.
Naquela época, os parlamentos formados por toda a França eram organizados de forma que os representantes da aristocracia se sentassem à direita. E os representantes comuns à esquerda do orador. Os aristocratas defendiam os privilégios da aristocracia, da igreja e a sociedade de classes que existia no antigo regime. Eram conservadores do status quo.
Já os que se sentavam à esquerda representavam os interesses da burguesia, a classe que pagava a conta da aristocracia e da igreja, mas não tinha poder político. Tinham interesse em fortalecer o comércio e retirar os privilégios das classes que, até então, dominavam a política. Quem diria! Lá, no início, os burgueses eram os da ‘esquerda’…

Liberalismo avançado

A social democracia – modelo de governo democrático capitalista que possui políticas voltadas para o bem-estar social – é para o DIÁRIO DO TURISMO o melhor modelo em tempos de globalização e à sombra de uma guerra civil. Defendemos um modelo híbrido de liberalismo avançado (não neoliberalismo!) onde o Estado intervém muito pouco na economia e os serviços básicos à população são transferidos à iniciativa pública/privada de forma paulatina e organizada.

Somos contra o neoliberalismo puro que fortalece ideologias (e cartéis) de países ricos em detrimento dos países pobres. Somos contra o comunismo que não deu certo em nenhum lugar do planeta deixando sua população miserável por onde passou.

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Somos favoráveis às reformas tributárias, às reformas políticas, ao enxugamento da máquina do Estado, mas não ao sucateamento. Somos favoráveis à privatização de órgãos públicos ineficientes e onerosos e à terceirização dos serviços. Somos contra um governo militar pois militares têm sua função específica de defender o território e garantir a soberania. Somos contra um regime de força pois ele sequestra, faz desaparecer e liquida nossa capacidade de se manifestar e expor opiniões, como esta aqui.

Sim, somos a favor da economia de mercado, mas uma economia de mercado inclusiva, distributiva e solidária.

A social democracia, portanto, nominada por nós como liberalismo avançado e democrático é a nossa bandeira. Que os bolsominions e os esquerdopatas possam entender isso.

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  1. Parabéns pelo texto, que coisa mais ultrapassada que isso de direita e esquerda, quando o que importa é o bem comum e por isso se devia lutar. Principalmente o turismo onde vários são os agentes envolvidos.
    Grande abraço

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