Por Allan Ravagnani
O escritório de advocacia americano Glancy Prongay & Murray informou ter ajuizado uma ação coletiva em nome dos investidores da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, alegando que a companhia fez declarações materialmente falsas e enganosas, além de não ter divulgado fatos relevantes que seriam adversos aos negócios, operações e perspectivas da companhia.
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Segundo o escritório, a Gol não divulgou aos investidores que tinha fraquezas materiais em seus controles internos, que havia dúvida substancial quanto à capacidade da empresa de continuar existindo devido ao capital circulante líquido negativo e deficiência de capital líquido e que, como resultado, as declarações positivas da empresa eram materialmente enganosas e careciam de uma base razoável.
O escritório aponta que, no dia 16 de junho de 2020, a Gol informou que não poderia apresentar seu relatório anual fiscal de 2019. “A empresa também divulgou que o relatório de seu auditor independente ‘provavelmente incluiria uma ou mais fraquezas materiais’ e que o relatório ‘incluirá um parágrafo de ênfase sobre a capacidade da empresa de continuar operando”, diz o trecho da ação.
Com esta notícia, diz a banca, os ADRs da empresa caíram US$ 0,27, ou 3,5%, para fechar em US$ 7,30 em 16 de junho de 2020, prejudicando assim os investidores.
“Então, em 29 de junho de 2020, após o fechamento do mercado, a Gol apresentou seu relatório anual fiscal de 2019. Nesse sentido, o auditor levantou preocupações significativas sobre a contabilidade da empresa, incluindo que a Gol não tinha ‘políticas e procedimentos eficazes relacionados à identificação e divulgação de incertezas materiais análise de continuidade operacional e revisão efetiva das informações das demonstrações financeiras’”, diz o texto.
Após este fato, os ADRs caíram mais US$ 0,14, ou 2%, para fechar em US$ 6,78 em 30 de junho de 2020, prejudicando ainda mais os investidores, no entendimento dos advogados.