Veja os depoimentos de participantes do SpaceBR Show, evento de negócios espaciais que aconteceu em São Paulo
O SpaceBR Show, um dos mais importantes eventos de negócios espaciais da América Latina, terminou ontem (11), em São Paulo.
No evento, importantes nomes do setor debateram o papel do Brasil nos negócios espaciais. Pois, no ano passado, esse mercado movimentou mundialmente US$ 6,4 bilhões. Isso representa um aumento de 74%, se comparado com 2021. Até 2030, a indústria espacial deve crescer 330%, chegando na casa do US$ 1,4 trilhão.
A redação do DT recebeu as declarações de quatro representantes do setor, que falaram sobre o papel do Brasil nesse cenário global. Confira:
Emerson Granemann, CEO do MundoGEO e organizador SpaceBR Show 2023
“O Brasil ainda não é um dos grandes expoentes do setor espacial, mas tem muito potencial para se posicionar como líder na América Latina e consequentemente no restante do mundo. O setor espacial vai além muito além das comunicações, localização e monitoramento do meio ambiente, entrando também em segmentos como mineração, nutrição, medicina, turismo, logística, direito, seguros, entre outros.
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“Justamente por isso, os eventos são importantíssimos para o setor, porque, integram os atores do setor privado, governo, startups, investidores euniversidades e proporcionam mais chances de conexões internacionais nesse mercado de bilhões de dólares”.
Élcio Oliveira, CEO da Kvantum e presidente da Associação Espacial e Cibernética da América Latina
“Nossa grande expectativa é entender a evolução e a movimentação que estão ocorrendo no setor espacial brasileiro, pois o mercado aeroespacial vai crescer muito nos próximos anos no Brasil. Precisamos criar um ambiente para discutir os assuntos das áreas espacial e de segurança cibernética, e estabelecer conexões entre instituições, governos e empresas, além de oferecer cursos e suporte aos afiliados, pois temos muitos desafios, como infraestrutura, manutenção de equipamentos, legislações etc”.
Paulo Vasconcellos*, * COO da C6 Sistemas de Lançamentos do Brasil (subsidiária brasileira da C6 Launch) e vice-presidente da Associação Espacial e Cibernética da América Latina
“Eu acredito, realmente, que temos um grande caminho pela frente. Estamos dando os primeiros passos, mas a ideia é aumentar a velocidade da caminhada. Já estamos criando condições para que clientes estrangeiros acessem o espaço a partir do Brasil, que possui uma localização privilegiada, incluindo condições atmosféricas muito favoráveis. Mas, em um futuro não tão distante, vamos poder montar veículos no Brasil; nós vamos lançar do Brasil para o Brasil. Lógico que tudo vai depender da nossa capacidade (mercado brasileiro) de absorver o desenvolvimento”
Leonardo Souza*, CEO e fundador da Ideia Space (startup de educação do ramo espacial)
“Temos que olhar o setor espacial do Brasil como já é olhado no mundo, olhando o up stream e o down stream. A gente busca acesso ao espaço, seja colocando um satélite em órbita ou construindo um lançador, mas olhamos de forma simples a maneira utilizamos o espaço aqui. O Brasil é um dos grandes expoentes do setor espacial, mas precisamos ampliar as discussões, aumentar a presença brasileira e trazer mais proximidade com todo o sul global nesse processo de discussão”
EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.