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Exclusivo! Patrick Branco Ruivo, diretor geral da Torre Eiffel, fala ao DIÁRIO

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No primeiro dia do France Excellence 2022, evento que objetiva ampliar ainda mais o sucesso do turismo de luxo francês no Brasil, o DIÁRIO conversou com Patrick Branco Ruivo, diretor geral da Torre Eiffel, em Paris.
O encontro só foi possível graças à gentileza da Equipe Atout France, Agência Oficial de Desenvolvimento Turístico da França, representada aqui no Brasil por Caroline Putnoki, diretora da agência para América do Sul. 

Patrick é ex-diretor do Secretário Geral da Cidade de Paris, responsável pela direção, controle e modernização da administração, excercendo anteriormente vários cargos na cidade Luz. Ex-aluno da École Normale Supérieure de Cachan, professor (agrégé) em economia e gestão, ensinou economia durante dois anos no Lycée français de Atenas e depois direito privado por cinco anos no IUT de Perpignan. Ingressou na cidade de Paris, ao deixar a Escola Nacional de Administração. (ENA).

Foi também diplomata por dois anos na Embaixada da França em Bangladesh. Patrick Branco Ruivo tornou-se diretor Geral da Eiffel Tower Operating Company (SETE) em 8 de novembro de 2018. A seguir, a entrevista exclusiva concedida ao editor do DIÁRIO, jornalista Paulo Atzingen:

Como é essa experiência de dirigir o ponto turístico mais visitado do Planeta?

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Patrick Branco Ruivo – É uma honra dirigir a Torre Eiffel porque é o ícone de Paris, é o ícone da França e é o ícone da elegância. É, de fato, uma tarefa muito importante. Há mais de mil empregados na torre, que abrem todos os dias – exceto no dia da Festa Nacional quando são colocados os fogos de artifício para a comemoração cívica. Não foi sempre simples, tomei posse em novembro de 2018 e cheguei logo com o movimento dos coletes amarelos – protestos da classe trabalhadora iniciados na França. Depois tivemos uma greve dos transportes por dois meses e depois o fechamento com a Covid que nos atingiu muito – chegamos a fechar, primeiro a interrupção por três meses e depois por nove meses.

Quantos visitantes a Torre Eiffel recebe atualmente?

Patrick Branco Ruivo – 6 milhões de pessoas no total, dos quais 120 mil de brasileiros. Há muita receptividade em relação aos brasileiros. Nosso objetivo é duplicar o número de visitantes até 2030.

Quais as medidas de segurança que a Torre Eiffel tem (adota) tanto para seus visitantes, como para funcionários e para a própria estrutura?

Patrick Branco Ruivo – A segurança é importantíssima na Torre Eiffel. A segurança ao redor (do entorno) por onde os turistas chegam e dentro da torre é muito importante. O muro que cerca a torre desde 2018 torna o local muito pacífico. Esse muro esteticamente é bonito e permite às pessoas desfrutarem da atração em total segurança. Pode-se circular pela área gratuitamente, só se paga o bilhete para subir na torre.

Torre Eiffel fatura aproximadamente 100 milhões de Euros por ano (o equivalente a 500 milhões de Reais) com a sua atividade (Crédito: pixabay)

Tendo exercido cargos na cidade de Paris, o que deve ter rendido uma experiência administrativa e de gestão muito grande. Como é gerenciar (um time) de 360 funcionários que estão hoje ligados à Torre Eiffel?

Patrick Branco Ruivo – A cidade de Paris é a proprietária da Torre Eiffel. Mas somos uma sociedade privada, com Conselho de Administração, formatada como tal. Cada ano a sociedade da Torre Eiffel fatura aproximadamente 100 milhões de Euros por ano (o equivalente a 500 milhões de Reais) com a sua atividade. Portanto, é um business – uma empresa com uma imagem particular, uma pequena empresa reconhecida em todas as partes do mundo. Mas é uma empresa como qualquer outra. Com vários assuntos a tratar, como recursos humanos, finanças, marketing, segurança. Mas a minha experiência, através dos anos, trouxe conhecimento sobre todos os assuntos a serem tratados quando se dirige uma empresa como a Torre Eiffel.

Quais os critérios utilizados no que se refere às locações – uso de imagem da Torre -, como estabelecer a importância e definir o que é interessante ou não, quanto à finalidade?

Patrick Branco Ruivo – O meu trabalho muitas vezes é dizer não. Todos os dias recebemos solicitações para publicidade, filmes. Então é preciso estar muito vigilante com a imagem da Torre. Meu trabalho também é o de manter o nível de qualidade nas parcerias, escolhendo os filmes, séries. Há pouquíssimo tempo, por exemplo, a série Emily in Paris veio filmar, vamos ter outros filmes e séries ainda sob segredo. Minha vontade é que os filmes de Bollywood e Hollywood também tenham filmagens na torre. Este ano em particular, temos uma atividade muito intensa nessa área, depois de dois anos congelada e agora está muito forte.

 A celebração do Réveillon é uma data máxima ou há outras mais significativas?

Patrick Branco Ruivo – O evento mais importante na Torre Eiffel é o dia da celebração da Festa Nacional – o 14 de julho. Fogos de artifício por cima da torre atraem mais de 500 mil pessoas e depois as imagens são espalhadas para o mundo todo. Um símbolo muito importante a Festa, porque a torre é um emblema nacional. O 31 de dezembro se concentra mais no Arco do Triunfo.

Patrick concedeu a entrevista exclusiva ao editor do DIÁRIO, jornalista Paulo Atzingen (Crédito: Geovana Fraga – DT)

Como manter um ícone da cultura global do Século XIX, atualizado nesse tempo contemporâneo, de mudanças globais?

Patrick Branco Ruivo – A Torre Eiffel foi criada em 1889 e era o pavilhão francês onde se mostrava a excelência francesa – já se falava à época em excelência francesa científica. Desde o início, a torre foi um grande sucesso. E apesar das 6 mil peças, foi construída em 26 meses, um grande desafio. O que permite ela estar sempre estável é que é pintada em intervalos de sete anos, isso protege a estrutura da torre. Recentemente fizemos um estudo para verificar as condições do ferro original e constatamos que ainda está em ótima condição. A nossa Torre Eiffel se mantém sempre moderna e bonita. Também a torre é uma forma de elegância, porque desde o início saía do vulgar. Até os anos 20 foi a torre mais alta do mundo, tem uma elegância natural. Chamada ‘La dame de fer’, a torre também é um ícone feminino muito importante, todas as marcas do luxo usam a imagem da Torre Eiffel. Isso é que dá modernidade à torre, um monumento, que faz parte do patrimônio, permite ao visitante ver a vista panorâmica. Mas também é um ícone da publicidade, do luxo, do cinema, há muitos filmes na torre. Hoje em dia o desejo é aprimorar a experiência do visitante com a gastronomia. Temos três chefs. Um deles, o Pierr Arne, criou dois macarons. Os macarons foram desenvolvidos para serem vendidos nas lojas da Torre Eiffel com exclusividade. Há 4 anos quando eu cheguei, havia muitos produtos chineses, hoje há cada vez menos itens da China e mais produtos franceses à venda para o visitante.

É importante porque todos conhecem a Torre Eiffel, mas ao mesmo tempo não sabem quem está por trás, o que está sendo feito lá, as transformações.

O que motivou a sua vinda para o Brasil?

Patrick Branco Ruivo – Era preciso vir ao Brasil. Viajo o muno inteiro, já fui à Rússia, à China e no mês que vem vou aos Estados Unidos. É importante porque todos conhecem a Torre Eiffel, mas ao mesmo tempo não sabem quem está por trás, o que está sendo feito lá, as transformações. É importante divulgar nosso trabalho. Aumentar a qualidade da experiência do visitante, desenvolvendo as vendas online dos bilhetes, para evitar filas na torre. Porque muitos se lembram das filas e considerar que a Torre Eiffel é um órgão vivo. Soube que haveria o evento France Excellence, com destaque para a gastronomia, excelência e é importante que a torre esteja também.  Quando vou ao estrangeiro é preciso entender quais as expectativas dos profissionais do turismo, do visitante brasileiro, do que ele gosta, para poder adaptar a nossa oferta a esse tipo de público. Eventos como o France Excellence também ajudam a entender quais os incentivos para ampliar a visita de brasileiros à Torre. Antes da Covid o turista do Brasil representava 4% das visitas e hoje 2%, subindo pouco a pouco.

“Antes da Covid o turista do Brasil representava 4% das visitas e hoje 2%”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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