Facebook recebe ultimato da UE sobre uso de dados

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EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais

O Facebook está no meio de uma tempestade, depois que a empresa de análise de dados Cambridge Analytica (CA) foi acusada de ter obtido sem consentimento dados de 50 milhões de usuários

A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira (27) um prazo de duas semanas para o Facebook responder questões sobre o vazamento de dados privados de seus usuários pela empresa Cambridge Analytica usado para influenciar as eleições dos Estados Unidos de 2016.

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De acordo com uma carta enviada ontem (26) pela comissária europeia de Justiça, Vera Jourova, a rede social também terá que revelar quais medidas serão adotados para evitar novos casos parecidos, além de informar “se cidadãos europeus foram envolvidos” no caso.

Jurova ainda convidou a empresa de Mark Zuckerberg a “cooperar com as Autoridades Europeias de Proteção de Dados”.

“Escrevo para entender melhor como os dados de usuários do Facebook, incluindo potencialmente os de cidadãos da União Europeia, caíram em mãos de terceiros sem o seu consentimento”, diz o texto encaminhado à Sheryl Sandberg, diretora operacional da rede.

Práticas transparentes

A polêmica revelação sobre a utilização indevida de dados de usuários do Facebook levou os chefes de Estado e Governo da UE, reunidos na última semana em Bruxelas, a defender que as redes sociais devem garantir “práticas transparentes e uma proteção total da vida privada e dos dados pessoais dos cidadãos”.

No entanto, o Zuckerberg não irá responder as perguntas dos parlamentares britânicos sobre o caso, ao invés disso, ele enviará seu diretor de tecnologia, Mike Schroepfer, ou o diretor de produto, Chris Cox, à Comissão Digital, de Cultura, Mídia e Esporte do Parlamento britânico. Mas, hoje, representantes do Parlamento disseeram que vão tentar organizar uma videoconferência ou encontro pessoalmente com o norte-americano.

Na última semana, Zuckerberg pediu desculpas pelo ocorrido e pelos erros cometidos pelo Facebook. Além disso, o fundador da rede prometeu impor padrões mais rígidos para restringir o acesso de desenvolvedores a informações após o escândalo que atingiu mais 50 milhões de usuários e fez com que o valor das ações da companhia despencasse.

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