(Edição do DIÁRIO com agências)
A falência do Grupo Low Cost Travel, maior operador de viagens online da Grã Bretanha, deverá provocar prejuízos imediatos a cerca de 110 mil clientes de diferentes países do mundo, na visão de analistas europeus. “A quebra, comunicada no dia 14 de julho, se deve principalmente a fatores locais como a saída do Reino Unido da União Europeia e a recente desvalorização da libra”, considera Mário Gasparini, diretor da Ifaseg, empresa especializada no gerenciamento de riscos para o mercado de turismo. “Em termos de consequências, podemos dizer que o episódio reacendeu no Brasil a consciência de que as falências não costumam dar sinais e nenhum país está livre deste tipo de risco”, prossegue. A afirmação é feita com base no fato de que a Ifaseg registrou nas últimas semanas um aumento de 15% nas consultas pelo Trip Protector Braztoa – seguro que a empresa lançou no final de 2015 em parceria com a Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) e QBE.
De acordo com Mário Gaparini, o seguro Trip Protector Braztoa seria um modelo de solução para o atual problema que ocorre na Europa, pois protege os agentes e respectivos passageiros em caso de quebra de uma ou mais empresas que compõem o pacote de turismo. “O reembolso é feito em caso de falência do operador, companhia aérea, empresa de transporte, hotel e outros”, afirma. De acordo com ele, a proteção não apenas mantém a fidelidade do cliente à agência e deste ao operador, como também previne o temor generalizado por novas quebras no mercado.