Edição DIÁRIO com agências
A Festa do Povo consiste na decoração das ruas de Campo Maior, vila portuguesa pertencente ao distrito de Portalegre, no Alentejo, Portugal. Esta pequena localidade, situada a 16 quilómetros a Nordeste de Elvas, é um centro de café, dominado por um imponente castelo medieval que viveu uma intensa história militar devido à sua localização entre povos fronteiriços de Espanha e Portugal.
A decoração com flores de papel e outros objetos em cartão e papel, feitos pela população, é um evento único, já alcançou uma notoriedade internacional, reunindo em sua última edição realizada em 2015, cerca de 700 mil pessoas.
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O comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) começa esta segunda-feira a apreciar a candidatura das Festas do Povo de Campo Maior (no distrito de Portalegre) a Património Cultural Imaterial. Promovido pela câmara municipal, pela Associação das Festas do Povo de Campo Maior (AFPCM) e pela Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, que incluiu o processo de candidatura em 2014.
No dossiê enviado à UNESCO, são também abordados outros temas que tornam esta festa “diferente”, como a forma como a vila, “da noite para o dia, se transforma por completo” com as flores de papel. Durante o processo de investigação feito pela equipe multidisciplinar que preparou a candidatura, foi ainda possível apurar que as festas têm uma ligação ao culto de São João Batista, que é o padroeiro da vila.
A 16ª reunião do Comitê do Património Mundial da UNESCO vai se reunir durante toda a semana, até ao próximo sábado, em Paris (França), analisando mais 54 candidaturas.
PC