Flávio Romero, da Nobile Hotels e Resorts, conversa com DIÁRIO sobre multipropriedade

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Sancionada em 2018, a Lei 13.777 promoveu uma mudança no mercado imobiliário brasileiro ao instituir o conceito de multipropriedade – ou seja, um mesmo imóvel pode ter até 26 proprietários e cada um pode usufruir dele por um período anual compatível com seu investimento. Três anos depois da lei sancionada o modelo é considerado um sucesso.

REDAÇÃO DO DIÁRIO 


No ano de 2018, foram 80 projetos de multipropriedade no Brasil. Em 2021, foram 128. Em 2020, mesmo com a crise econômica gerada pela pandemia, o setor movimentou R$ 24,1 bilhões. Já no ano passado, foram R$ 28,3 bilhões, segundo estudo feito pela Caio Calfat Consultoria, um crescimento de 17,4%. Os dados são da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

 

Conhecida principalmente por sua bandeira na hotelaria, a Nobile Hotels & Resorts atua também em apart hotéis, resorts, residenciais com serviços, offices, restaurantes, centros de convenções/eventos e multisserviços pay-per-use.

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O DIÁRIO DO TURISMO conversou com Flávio Romero, responsável pelo departamentos de operações da Nobile Hotels & Resorts, sobre o lançamento do multipropriedade Complexo da Boa Luz,  localizado em Sergipe, implementado em uma fazenda com mais de 7 mil m² e que terá um total de 280 unidades quando estiver em pleno funcionamento.

DIÁRIO – Romero, a compra de uma fração neste modelo de multipropriedade é tendência? Existe demanda?

ROMERO – “Sim, a demanda tem sido crescente. Essa é uma tendência de mercado sendo uma forma de investimento segura, onde o investidor pode usufruir do imóvel e ainda gerar recursos através da locação”.

DIÁRIO – Qual o valor médio de uma fração?

ROMERO – “As frações têm valores diferenciados conforme o tamanho do apartamento e do tempo que irá disponibilizar para liberação para hóspedes”.

DIÁRIO – Os serviços do Resort serão estendidos aos proprietários dos imóveis? Como será essa operação?

ROMERO – “Nesse tipo de empreendimento o nosso principal foco é o proprietário, que terá o mesmo serviço dos hóspedes com diferencial de ter ainda valores diferenciados em passeios locais e em serviços de SPA, na alimentação nos restaurantes do hotel, desconto nos hotéis da rede, nos sites de vendas e concierge á disposição”.

Complexo da Boa Luz,  localizado em Sergipe implementado em regime de multipropriedade (Crédito arquivo Nobile)

DIÁRIO – Quantas pessoas serão contratadas, ou já foram, no novo empreendimento do Complexo da Boa Luz?

ROMERO – ” Hoje já contamos com 60 funcionários trabalhando em diversas atividades, além dos que foram contratados para a construção. Fizemos uma parceria com a prefeitura da cidade de Laranjeiras – 12 Km do empreendimento – para contratações locais. Após o término das construções, novos postos de trabalho serão abertos”

DIÁRIO – A Nobile tem projeto para outros lançamentos dentro desse modelo?

ROMERO – “Ainda esse ano deve ser lançado na Bahia, com conceito Upscale Resort Timeshare, um novo hotel, aproveitando uma estrutura já existente; e para o início de 2023, em Domingos Martins, no Espírito Santo, mais um empreendimento no segmento de Resort de multipropriedade, com bangalôs e de tendência mais intimista.”


Como funciona a multipropriedade

 

A partir do modelo de multipropriedade, cada pessoa adquire uma parcela do imóvel e pode utilizá-lo pelo tempo proporcional à quantia em dinheiro aportada. Por exemplo, se 26 famílias adquirem frações de um mesmo empreendimento, cada uma pode usufruir do espaço por duas semanas anuais – já que o ano tem 52 semanas.

 

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