Os motores continuarão a roncar em Interlagos. Foi esse o tema central da reunião nesta terça-feira (25), no Palácio dos Bandeirantes, entre o Governador João Doria e o novo CEO mundial da Fórmula 1, Chase Carey, o promotor do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, Tamas Rohonyi, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas e dois de seus secretários, o de Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles e o de Turismo, Vinicius Lummertz. A modalidade, que gerou somente em 2019 uma receita de R$ 334 milhões para o Brasil, manterá por contrato as pistas aquecidas no autódromo de Interlagos (zona sul da Cidade de São Paulo) até o final de 2020.
EDIÇÃO DO DIÁRIO e agências.
Segundo o governador João Doria, “o Brasil exerce uma enorme pressão na Fórmula 1 e Interlagos tem mantido uma tradição muito grande ao longo desses quase 40 anos onde em apenas três oportunidades não foram realizadas corridas nas pistas do autódromo paulistano”. O Governador também lembrou com reverência os grandes campeões brasileiros na categoria, como Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Nelson Piquet, Ayrton Senna e um grande número de outros jovens talentos na categoria, que desde a década de 1970 trouxeram tantos pódios ao País.
A reunião aconteceu em meio a expectativas de que a Cidade do Rio de Janeiro pleiteasse levar o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 para as pistas do bairro de Deodoro a partir dos próximos anos. Doria reiterou que “respeita o desejo legítimo do Rio de Janeiro de querer levar o GP Brasil para a cidade, mas lembrou que São Paulo está mais estruturada para atender às necessidades dos turistas que desembarcam na capital. ”
A reunião aconteceu em meio a expectativas de que a Cidade do Rio de Janeiro pleiteasse levar o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 para as pistas do bairro de Deodoro a partir dos próximos anos. Doria reiterou que “respeita o desejo legítimo do Rio de Janeiro de querer levar o GP Brasil para a cidade, mas lembrou que São Paulo está mais estruturada para atender às necessidades dos turistas que desembarcam na capital. ”
Os dirigentes da Fórmula 1, por sua vez, demonstram apoio a João Doria. “Eu acho que a presença do Governador de São Paulo, junto com o Prefeito e seus principais executivos, demonstra o interesse a apoio de João Doria. Nós fizemos, nos últimos anos, um belíssimo Grande Prêmio. Pretendemos continuar fazendo grandes eventos”, falou o húngaro-brasileiro Tamas Rohonyi, promotor da modalidade no Brasil. Segundo o chairman mundial da categoria, o americano Chase Carey, “para a Fórmula 1, o mercado brasileiro tem uma enorme importância”. O CEO reconhece que as provas realizadas em Interlagos sempre foram as mais interessantes do campeonato e espera que neste ano, em novembro, possa continuar esta tradição.
Interlagos tem pistas com números vitoriosos. O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece todos os anos, desde 1972, no Autódromo José Carlos Pace, mais conhecido como Autódromo de Interlagos, com exceção de 1978 e 1981 a 1989, quando as corridas foram disputadas no Autódromo de Jacarepaguá (Autódromo Internacional Nelson Piquet). Desde 1973, o prêmio faz parte do campeonato de Fórmula 1 e, desde 1990, é realizado em São Paulo de forma ininterrupta. Apenas no GP disputado em 2018, o circuito de Interlagos recebeu 150.307 mil expectadores, um incremento de 6,4% em relação ao ano anterior, que foi de 141.218 pessoas.
Para o turismo paulista, Interlagos sempre aqueceu os motores. Quase 80 % dos espectadores de Fórmula 1 vem de fora da cidade de São Paulo. Dos estrangeiros, grande parte vem de países do Cone Sul: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, além de europeus e americanos. Segundo a Associação da Indústria de Hotéis de São Paulo, o setor hoteleiro tem lotação entre 85% e 100%. O prefeito paulistano, Bruno Covas, lembra que “no ano passado, tivemos um Grande Prêmio que gerou um impacto econômico para a cidade de São Paulo de R$ 334 milhões, que ocorreu sem nenhum incidente, com elogios dos pilotos, das equipes, da organização, do público que esteve presente”.
Considerado o maior evento internacional e econômico para o turismo da capital paulista, a F1 movimentou R$ 334 milhões em 2018, 20% a mais que em 2017. Isso gerou 10 mil empregos diretos e indiretos para São Paulo. Por seu traçado desafiador, o circuito de Interlagos é considerado um dos cinco melhores do mundo e, por isso, é um dos mais elogiados pelos pilotos. O pentacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, diz que Interlagos é seu “calcanhar de Aquiles”. Além disso, Interlagos revelou grandes nomes do automobilismo brasileiro: Ayrton Senna, Felipe Massa, José Carlos Pace, Nelson Piquet e Rubens Barrichello, e José Carlos Pace.