Guia de bolso elenca cerca de 120 aves que vivem na área de transição entre a Amazônia e o Cerrado

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Publicação traz fotos inéditas das espécies de aves que habitam a Amazônia Mato-Grossense

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências

O WWF-Brasil, o Fórum Regional da Amazônia Mato-Grossense e o coletivo Roda de Passarinho estão lançando o Guia de Aves da Amazônia Mato-Grossense, um guia de bolso destinado a divulgar a rica diversidade de espécies existente na região norte e noroeste do Estado do Mato Grosso – área de transição entre o Cerrado e a Amazônia.
Idealizado como um folheto para facilitar a identificação das espécies, o guia tem uma tiragem inicial de 1,5 mil exemplares com fotos e informações de 120 espécies de aves possíveis de serem vistas naquela região. Ele traz ainda o nome popular da espécie, o nome científico, o nome em inglês e a altura média dos pássaros.
Entre as aves exibidas no material estão o Gavião Real (Harpya Harpyja); a arara-vermelha (Ara Macaw); o araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesii) e o mutum de penacho (Crax fasciolata). As fotos são de Renato Rizzaro, do coletivo Roda de Passarinho; Edson Endrigo, Edson Lopes e Ester Ramirez.
O Guia de Aves da Amazônia Mato-Grossense será distribuído em pontos estratégicos como hotéis e aeroportos da região e secretarias municipais de turismo. Além disso, parte da tiragem será destinada a escolas, para trabalhos de Educação Ambiental.

Informação

Erico Helmut Balkat, servidor do Departamento de Turismo e Cultura da cidade de Paranaíta (MT), é um dos responsáveis pelo Guia de Aves da Amazônia Mato-Grossense. Para ele, a função do guia é servir como um instrumento de formação e informação. “Apesar da grande quantidade de turistas que vem ao Mato Grosso para observar aves, precisamos gerar mais informação, ter mais conhecimento e ter mais mão-de-obra qualificada para atender a esta demanda. Queremos ajudar a resolver esses problemas”, explicou.
O noroeste do Mato Grosso é reconhecido internacionalmente como um dos grandes pólos do turismo de observação de aves do planeta. De acordo com a Prefeitura de Alta Floresta (MT), cerca de 75 mil pessoas saem todos os anos da capital do Mato Grosso, Cuiabá, rumo àquela região – boa parte deles, para o exercício de atividades ligadas ao turismo ecológico.

Beleza e liberdade

O fotógrafo e designer gráfico Renato Rizzaro é o responsável pelo projeto gráfico. Por meio de seu coletivo Roda de Passarinho, já vem editando, desde 2010, guias de aves dos vários biomas brasileiros, como Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa. “A gente utiliza a beleza, a liberdade e o canto das aves para passar a mensagem de que as aves sozinhas não vivem bem. Precisamos pensar sempre no contexto, no ambiente, na conectividade e na interdependência entre os elementos naturais”, disse Renato.
O WWF-Brasil trabalha no norte do Mato Grosso há mais de uma década, com o objetivo de conservar as riquezas naturais daquela região. A instituição ajudou na criação e implementação de diversas áreas protegidas – como o Parque Nacional do Juruena, o Mosaico do Apuí e o Mosaico da Amazônia Meridional (MAM); e também fez descobertas científicas importantes, como a de uma nova espécie de macaco em 2011 – o zogue-zogue-rabo-de-fogo (Plecturocebus miltoni). Cerca de 11,4 milhões de hectares de floresta amazônica vem sendo protegidos e conservados por meio deste trabalho.

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